Padre Júlio Lancellotti e Sheik Rodrigo Jalloul são unidos pelo bem.

PIX SHEIK:
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PIX PADRE:
63.089.825/0097-96 – PAROQUIA SÃO MIGUEL ARCANJO

HIDROMEL PHILIP MEAD: não é cerveja, não é vodka e não é cachaça. É uma bebida diferente de tudo que você conhece! Use o cupom FLOW10 e ganhe 10% de desconto!
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ANFITRIÃO:
Igor 3K – Twitter @igor_3k
– Instagram @igor.3k

DIREÇÃO:
Gianzão – Instagram @_gianzao
– Twitter @_gianzao

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E aí Sabe, sabe família bem-vindo dos Amazum Flow? Eu sou Igor. Hoje quem está comigo aqui é o Ferresto do Bom Cára. Tudo bom. E aí, obrigado por vir. E hoje a gente vai conversar com um cheque Rodrigo Jalulio, certinho, perto. E padre Julio Lancelote é uma honra, é um prazer ter vocês aqui, vai ser um papo maneiro. É, a gente tem uma história incrível assim de verdade que a gente é de mira de longe e hoje eu vou ter oportunidade de trocar a ideia que vocês pra mim vai ser um prazer. Obrigado mesmo. É, bom, antes da gente começar de falar aqui do patrocinador que é o Felipe Mide, que é o cara do hidromel, melhor hidromel do mundo. Aí pronto, meti essa aí, agora do mundo aí. Bom, é, tem uma galera que acha que o hidromel é, é, é, é uma bebida que você é pra, pra dar o alcoólico dela ali, acerticiona o isque, cachaça, piga, qualquer coisa fódica, mas na verdade não. O hidromel é como se fosse um vinho, só que ele é um de mel. Então é um vinho de mel, gente, o jeito mais grosseiro de escrever aparado é um vinho de mel. E cara, isso daqui é realmente muito gostoso. Tem aqui alguns sabores, inclusive tem quatro sabores, que é o OKST, o Fruitas Vermelhas, o Double Woke e o tradicional, que você pode experimentar na sua casa, é isso, é entrar em FelipeMide.com.br. Bom, eu sei que o Chique no Rodrigo não bebe, mas ele me permitiu presenti aula aqui pra ele entregar pra, pra ser lá quem bebe lá na casa dele. Obrigado. O Adri Julho me falou que ele só bebe em serviço, né? É, é, é, é. Nem começam a trabalhar e já ganhamos presente, tá ótimo, né? Bom, cara, é, é, é, é, realmente são, são produtos de, de, de incríveis assim, a gente já experimentou alguns, alguns outros, algumas outras bebidas assim, outros hidromel e tal, mas esse de verdade é o mais gostoso é… Ah, você também não é, né? Caralho. Ah, é o conceito da aralho. Desculpa, cara. O perifei, que é foda. Ah, pode. Você tem uma coleção de dano na sua casa? Tem, sabe o que eu bebo regularmente. Ah, é. Então, se você quiser também, só entrar em FelipeMide.com.br, você vai usar o POMFLOW10, tá bom? E é importante que você seja maior de 18 anos aí pra, pra comprar e pra consumir o hidromel, tá bom? Dependendo do valor da sua compra, isso foi da região suço 10, tu também ganha, o fret pode ser que tu ganha o fret grátis, tá bom? Dependendo aí do valor e tudo mais, tá? É, então entra lá, FelipeMide.com.br, tá faltando alguma coisa? Não, não, não é recomendado. O POMFLOW10 pra ganhar. Verdade, é, usa aí o POMFLOW10 pra ganhar 10% de desconto da tua compra. Então entra lá, entre o carrinho, quanto mar você comprar, maior futebol, entendeu? Não. Assim questão de, não recomendável pra beber fuma na maconha, porque… É, não, dá mais. Pode destruir carreras. Pode destruir carreras. É isso aí. Tá bom? Beleza. Trinta, mesmo, a figurinha hoje não tem Jesus, não é? Um emblema, na verdade. Ó, ficou uma anheira, isso daí, ó. Ah, é assim. Com uma anheira, isso daí. E bom, pra você… É, você rejiglar, tá aí sim, emblema, é muito fácil, inclusive, é de graça. É só você entrar lá em N-999.com.br e ver no N-999.com.br, barra, rejigatar, e usar o código unido pelo bem, tá bom? Entra lá, digí-los daí, e você vai ter essa assim, emblema aí, pra imbenesar o teu perfil. Mas eles, você só pode rejigatá-lo nas próximas 24 horas depois de parar de emitir, e você, isso vai ter acesso com o rejigador. Tá bom? É uma mensagem pra gente ler aqui no final também, fica a vontade. N-999.com.br, barra, flow, ou no link está aqui fixado no chat. É isso, é isso, né? Beleza. Bom, gente, mais uma vez muito obrigado por virem aí. E cara, o trabalho que vocês fazem é incrível. O padre está já tá nessa vida do social há 40 anos, né, cara. O que que é sem Deus essa luz? O que o que que que que que que que que que que que que que que que que que eu fui chamado que você teve? Acho que não é um chamado, é uma circunstância da vida e de onde você vive. E eu acho que tudo é parte do sentido da vida, pra onde você vai, o que tem significado, o que que preenche como ser humano, né? E que questiona também? E aonde você se consome? Então, meu pai trabalhava na área social também, embora na área mais administrativa, e ele me levava ainda garoto pra conhecer o trabalho dele lá, eu conhecia a outra parte que não era administrativa, que era parte mais social. Então, a forma como eu fui crescendo e me relacionando com a vida. Entendi. Então, o teu pai te mostrou isso daí, e aí, mais assim, mais pra ser padre, precisa de um chamado de certa forma, né? Também eu acredito que é uma construção que você faz, eu não acredito que tem um chamado sobrenatural, eu acredito que é uma construção que você também vai fazendo. Eu fui a primeira vez pro seminário, eu era muito pequeno, era preado, adolescente. E eu não aguentei, porque era muito rígido, eu apanhei de vara, fiquei ajoelhado no milho, e essas coisas eu vim embora, não aguentei. A estudei um tempo, voltei pro seminário, aí fiquei bom tempo, fui freio, recebi hábito e tudo, mas é eles que me mandaram embora dizendo que eu não servia. É mesmo? Caraca, por essa eu não esperava, não sabia disso. Isso foi em 1968 por aí. E aí depois eu voltei pra casa, meu pai falou, você foi num quismo, você foi que mandaram embora, agora você vai trabalhar e vai viver tua vida. E eu fui trabalhar, fiz faculdade e tudo. Em 1980, quando o Papa São João Paulo II veio no Brasil pela primeira vez, foi que me pusero na parede de certa forma, e eu voltei a fazer teologia, que foi uma época do auge das tensões na América Latina, da teologia da libertação, e eu fui ordenado o padre em 1985 por Dom Luciano, Pedro Menes de Almeida. Então eu vivi a era de Dom Paulo Evaristo Ardes, de todas as tensões da questão de direitos humanos, a parte final da ditadura, que ainda quando o Papa João Paulo II veio ao Brasil, o presidente era o Figueiredo, o João Batista Figueiredo, que já chegando no final daquela abertura lenta gradativa e segura do Gouberi. Mas eu vivi a geração de testimonial assassinato e a tortura de Vladimir Zog, o assassinato de Santo Dias da Silva, que viveu aquele momento, é pervecente das direitas já, o assassinato de Dom Oscar Romero e o Salvador em 1980. Então foram anos muito tensos na história da América Latina, e foi o tempo que eu fiz teologia, que foi um tempo muito tenso, um tempo de grandes tensões históricas. Então só para ver se eu entendi o período entre demorou 12 anos, mais ou menos, quando eu te mandaria embora para você voltar. Então esse lance de colocar na parede foi o que de colo para fazer? Foi uma coisa interessante, quando eu estava, eu entrei no serviço social de menores, logo quando eu voltei. O serviço social de menores se transformou na fundação para o menor, que se transformou na febém e da febém a fundação casa de hoje. Então eu vivi dentro da febém um tempo muito difícil, me pusero como diretor de humanidade, eu lutei muito contra a tortura dentro da febém. E quando Paulo Maluf era governador do Estado, que era um governador indireto, foi um momento que eu não aguentei mais ficar dentro da febém. Então eu pedi para sair, e no momento que eu quis sair por um arranjo com a Arquideo Césio, eu fui comissionado na Arquideo Césio de São Paulo para pastorar o do menor. Em 1980, quando João Paulo II veio a primeira vez, vocês lembram que ele é e célibre momento da fala de João Paulo II, quando número um bíblos operários, quando Valder Marroce chorou no ombro de João Paulo II, porque o discurso dele tinha sido todo cortado pela censura. E quando na missa, no campo de Marte, os ecarlos dias, e o Dalmo Dalari tinha sido agredidos naquela noite sequestrados, e na missa do dia seguinte, eles estavam feridos e foram de cadeiras de roda para o altar. E foi aquele dia que a gente cantou.

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de dizer que não falei das flores, que a gente cantou aquilo com toda a força, porque era um momento nosso de protesto coletivo, diante do Papa, e foi muito interessante que quando João Paulo II decêu no Encongonhas, e o Papa Móvel chegou lá para atrasê-lo, o Dom Paulo e Varisto do Ardistava, sentado que era o carde ao Arcebispo, e o Malufe foi para subir para ir no carro junto, e Dom Paulo falou, não aqui não, porque o Malufe queria subir no Papa Móvel para ir acenando do lado de João Paulo II, que ia ser… Por que a oportunidade política que ele queria, é verdade? Única, e Dom Paulo, porque era uma questão da igreja, não era um momento político, e quando o João Paulo foi embora, Dom Luciano Mendes de Almeida, tem muito significados isso para mim ainda hoje, e nós estamos do lado de um capital de uma coluna que estava lá na Curia, na Avenida de Genópolis, diante do Jornal São Paulo, estava a ver uma amareada rosário, a Rute, eu e Dom Luciano conversando, e apoiados naquele capital, estou falando isso para vocês, viu, o que aconteceu depois? E Dom Luciano naquele dia falou assim, o Papa me fez uma pergunta, e falei, Dom Luciano, o que o Papa ali perguntou, aí que ele me pôs na parede, quando é que você vai ordenar o Julho Padre? Eita! Eu falei, o Papa não perguntou isso, Dom Luciano, ele nem sabe que eu existo, eu estava lá no campo de Marte, bem perto do altar, mas o Papa não me conhecia, e nem sabia da minha existência, aí Dom Luciano falou, mas eu estou perguntando. E foi a forma dele, e aí isso em 81, com esse é isso da teologia, em 85 ele me ordenou Padre, e esse capital da coluna, onde nós conversamos, hoje é o que sustento ao tar da Catedral da Serra. Eu posso voltar na pergunta que ele fez, então, detalhe, o seu pai tinha uma mercedaria, né, ele era do funcionário público, e durante um tempo ele cuidou da mercedaria, onde eu ajudava. Você ajudava, e ali se havia alguma são social, já, o seu pai tinha esse… Uma relação social, o que a gente sentia muito nessa minha época de infância, era a discriminação do bairro em relação a mim e meu irmão, porque nós eram chamados os meninos da Venda, então era, nos anos 18, uma categoria meio rebaixada. Tem até um fato interessante dessa época, nós morávamos na Praça Padua Dias, lá no Tatoa Pé, onde tem aquele viaduto, ainda tem a casa lá da minha infância, e eu vi os vizinhos da parte as faltadas, porque eu morava na parte de Terra, que no Natal ganhava um brinquedos muito bonitos, que saltava a fumaça, que era de pilha, que era de controle remoto, e onde eu falei pra minha mãe, porque aquele menino lá ganha que ele esprezente de controle remoto, eu sempre ganho esse carrinho de pau, ela falou porque o papai Noel começa de lá pra cá, eu falei, mas não tem um ano que ele pode começar daqui pra lá, pra eu ganhar aquela coisa, ele falou, não, ele sempre vai começar de lá pra cá, nesse papai Noel, eu vou te contar, e deve ter sido uma pergunta muito difícil pra tomar responder, cara, porque a minha filha já fez pergunta semelhantes, e foi muito difícil de responder, deve ter sido muito difícil pra ela, mas aí o meu irmão, que é um ano mais velho do que eu, me chamou e falou, não tem papai Noel nenhum, já matou, já acabou a minha criança no papai Noel, lá em casa, as filhas também não acredito em papai Noel, não, porque eu acho um absurdo, eu trabalho, eu que compro os presentes, sei que quem leva o crédito é outro cara que nem existe, cara, mas você passa batido, papai Noel, eu transcreve aqui, vai dor, tá, é batido, cara, papai Noel, total, tipo gordinha, senão você deixa rosada, sou lá, você pode tá bom pra falar, mas eu já sou, eu já dou os presentes, já me já estudo papai Noel, né, eu não sei se vocês sabem, mas o Ferreste tem um, tem uma interferência que é uma onge, que fica lá no capão redondo também, e ele faz esse trabalho social lá, tudo tempo também né Ferreste? 17 anos, nessa onge eu montei uma outra com o Manu Brau e com o Negredo, né, que é um projeto chamado periferiativa, e aí depois do projeto da hora, aí eu saí, fui montar o meu na minha quebrada, que era uma cobrança, porque eu tava na rua dos cara, né, aí eu voltei pra minha quebrada 17 anos atrás. E dentro da Feben, estando com os jovens em conflito com a lei, que é um nome que eu não gosto, mas é o nome que tem aí, os jovens infraestores, o teu livro foi muito importante pra nas discussões que a gente fazia com os jovens. No meu casião eles quiserem me experimentar e me puserem um mês como diretor da pior unidade de jovens infraestores, ou seja, o seu ouvido, eu falava da U-T3, que eram 8 pavilhão ABCDE, e eles me puserem lá um mês, aí eu chamei os chefes dos pavilhões e falei, durante um mês eu votar nessa coisa aqui, mantenham a ordem a disciplina, não ponham uma mão em ninguém, e todos os dias eu chegava de manhã, 7 da manhã eu passava em todos os pavilhões, aí no pavilhão et, um menino que tinha sido agredido, e tava muito machucado. Aí o diretor acima de mim me chamou e falou, vai lá e toma o depoimento, porque você fica denunciando sempre violência, aí eu cheguei lá e falei pro menino, o que foi que que aconteceu? Aí ele disse, não, eu tava no banheiro, me desintendico outro, aí a gente se agrediu, eu escrevi o relatório, tudo que ele contou, falei é que o que você contou que te mandaram, você me contata, tá escrito, agora nós vamos falar a verdade, e agora é conversa de homem pra homem, e eu vou te dar segurança, que todo dia você vai estar de sobre a minha guarda. Aí ele contou que o cara tinha, sabe qual era o castigo, inseravam a escada e eles punham o cara em cima desse cara de jogar no escada, barato. Caraca, esse pavilhão era tão terrível que os jovens, muitos jovens quebrava o próprio braço na janela, onde podia, pra poder tirar uns dias, pra poder fazer tratamento, pra ficar fora do pavilhão. Para mim, do que dava pra gente? E aí o diretor, eu fiz o relatório com a história oficial, entreguei pro diretor acima de mim, ele voltou a ver, como é que é, você fala que eles são agredidos, aí agora você escreveu, aí ele olhou e falou assim, mas tem um detalhe, você não assinou, eu falei, não vou assinar, assine você, porque a história que está aí foi que você mandou contar, põe o teu nome, eu não vou por o meu nome na mentira, põe o teu nome. Me imagino, tu não durou muito ali, né, os cara de tirar um rápido. Claro, aí é por isso que a pressão foi muito grande, eu cometei um erro histórico quando me puserem como diretor do Instituto Modelo de Menores, que eu mandei quem mata todas as palmatórias, na verdade é num objeto histórico de tortura, porque ela sugam a pele da mão, ela é toda furada a palmatória, quando bate aqueles furos sugam a pele. Então, a luta contra a tortura dentro da febém não é, por isso que eu falei agora na última entrevista na Istoé e deu muita polêmica, não são poucas as forças que queriam me destruir, porque você lidar com esse crime institucional, com a tortura institucional, com a maldade institucional, eu ainda estou nos meus olhos hoje, Paulo que está aqui acompanhou, o rapaz que chegou hoje enrolado num cobertor de manhã lá na igreja e na hora que a gente estava dando roupas, e aí na conversa ele falou que o GCM tinha batido nele, e nós somos vendo as marcas no corpo dele, a primeira que a gente viu foi na cabeça, que ele falou, não, eu estou cobrando, porque eu estou com uma marca na cabeça, o que aconteceu? Aí vimos o ferimento, aí ele foi mostrando as marcas no corpo, de tudo que ele apanhou da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, então a violência contra os pobres, a violência contra os presos, a violência contra as presas, onde eu disse para o governador falecer do Mario Cobas, eu não conto para o senhor metade do que eu vi, porque ninguém acredita de ver a tortura contra as mulheres presas, fiquei oito anos acompanhando as mulheres da penitenciária feminina do tatuapé, eu vi os homens torturarem as mulheres, a polícia fazia as mulheres andarem em cima de brazas, sentarem em cima de coxão queimado, caminharem em cima de vidro, e acompanhei as torturas que fizeram, você deve lembrar quando o governo mandou levar os meninos infraores para o cadeio de Santo André, que faziam um corredor polonês e no céu ser da casa de…

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tem aqui a lá, a janelinha que chama Robocop, eles faziam a chamada e tinha por a mão pra fora, quem não pusesse a mão fora, eles abrinha a porta e quebravam e quem punha a mão fora levava uma paulada na mão. Parece uma escolha muito ruim inclusive, né? Então, mas é as coisas que a gente viu, eu vi esses meninos, tendo que subir as escadas, num pé só, tendo que urinar em garrafa, pete e depois a polícia jogar a urina em cima deles. Caraca, cruel, meu, difícil. O shake é, bom, pra começar, shake, eu confesso, a ignorância, eu não sabia que o shake era um título religioso. É, é, você se converteu aos 18 anos, não foi alguma coisa assim. Eu sou de família libanesa, né? Se for, ele vai religiosamente falando, eu nascimo o sumano, porque quando o pai, o avô, é um sumano, você nascimo o sumano, tá? Porém, a família da minha mãe é católica, é espanhola, era um circienses, eu queria se mais que a família da minha mãe no circo, do que a família do meu pai libanesa, e minha mãe me batizou na igreja católica e eu queria se, como católico, fiz o catecismo, fiz tudo, né? E quando eu estava cerca dos 17 anos, 16 pra 17 anos, eu comecei a frequentar a amesquita, porque eu queria resgatar as raízes da minha família, a paterna libanesa, né? Então, pai, vivia contigo, desculpa. Meu pai e minha mãe já estavam divorciados, já? Tá. Nessa época, e vivi, comecei a frequentar a amesquita, mas eu comecei a perceber a dificuldade que tinha na amesquita, porque não tinha cheio que brasileiro, e muito menos cheio que falando português. Então, os brasileiros iam, dependiam de tradução, era algo cansativo, os cheques não tinham compromisso com a religião com os brasileiros, então a amesquita do Bras, que é a central a quem São Paulo, era uma instituição religiosa, né? Que se preocupava mais em manter a cultura libanesa à árabe e a religião em conjunto, mas excluindo a comunidade brasileira. Então muitos brasileiros que entraram pra conhecer o islamismo, entraram pelo uma porta e saiam por outra daqui o mês, porque eu acreditava que o islam era uma religião pro árabe, né? E aos 18 anos, me surjou a oportunidade de eu estudar no irã, né? E o cheque que a gente imagina é um cheque, é um homem cheio do dinheiro e tudo mais. A palavra cheia que ela quer dizer líder, vem de uma liderança e ela foi considerada, por exemplo aqui no Brasil, a gente fala a doutor, a pessoa não é doutor, mas você pode dar um doutor, por favor, dá um respeito. Então, pra os árabe ricos, que você vê nos emerados árabe e tudo mais, as pessoas vão lá beijar o amande deles, tudo porque é um cara que tem um rei, é um governante, tem poder, tem dinheiro. Então, o cheque é um patemar muito elevado dentro do mundo árabe, né? Mas o cheque, na verdade, ele estuda a teologia, ele é um líder religioso assim como o teu padre, o pastor, o Rabino, dentro do ex-domismo é o cheque, então. Entendi. É um centro eslâmico que eu cuido hoje na cidade de São Paulo na região do Baíro da Penha. Como é que surgiu essa oportunidade pro irã, cara? Pro irã, eu ia pro Libano, na verdade, em 2006, o veguerra do Libano com Israel, né? Eu resolvi o rei, na região sul do Libano. Mas tu já foi pra lá, né? Tu iria, pra lá na intenção de se tornar. Pra estudar, religião. Exatamente, né? Eu ia prosseminar o ano do Libano, entro essa questão da guerra e logo em 2007 vem um cheque iraniano, ao Brasil, e falo, olha, o irã tem condições melhores pra estudar do que no Libano atual, porque o Libano é um país de, é uma póvora, pode explodir a qualquer momento, né? Agora o irã já não tem esse problema. E aí um amigo meu, o Libanês me presentou com um bilhete de avião e mil dólares. E me mandou pro irã, conversou com um cheio que iraniano e o Libanês arrumou essa oportunidade de eu ir. Quando eu fui, eu não tinha a intenção de ser um líder religioso, mas eu tinha uma condição financeira muito baixa, não tinha condição de fazer faculdade, universidade, não era como tem a facilidade de hoje. E aí eu consultei o meu voo, o espanhol, e falei o que ele achava, ele falava, olha, se você fica aqui, você vai trabalhar na rua Santa de Figênio, que é onde eu trabalhava, vai ser um vendedor, e sabe Deus até o fim da vida o que você vai ser. Se você vai pra fora, ser oportunidade de ser único estudar uma coisa que ninguém estudou e se destacar, né? E como eu já nasci no circo, a atração conversar, aparecer, fazer a palhaço no circo, trabalhando no circo do meu voo, eu sou ainda da época da avião, da avião, da palhaço do boso, dos trabalhões, e tudo mais. Inclusive, você foi banana de pijama, que eu sei. É, sabe, né? É, ainda fizemos uma fake dos bananas de pijama, e meu voo mandou na época que daqui os bananas de pijama tava no auge, meu voo mandou fabricar uma fantasia dos bananas de pijama, e eu apoiei tanto pra aprender aquela dancinha dos bananas de pijama, com as minhas tia e minha irmã, porque meu voo queria que saía tudo perfeito, então ele colocava o programa lá na TV, colocava a música e falava, é aquilo que eu quero. E aí foi quando o circo já tava terminando esses circos pequenos, né? O maior de que se perdeu, infelizmente, e meu voo falou, é aquilo que eu quero. Então chegava no palco, tinha que fazer a dança, dança igual aos bananas de pijama, o B1, B2, ensaiar de acordo com as falas, e se saísse um erro, não tinha muito perdão não, o espanhol, ele colocava milho no chão, fazia ficar a joelhada atrás da porta do milho, até você repensar e corrigir, então o meu voo era muito severo o espanhol, né? O Lebanese, ele gera comerciante, ele gera mais tranquilo, mas o espanhol era muito severo, mas eu tive uma vida extraordinária que se pudesse recomeçar, eu faria tudo de novo. Eu vivi no circo, depois eu passo a viver mais que a minha família, a Lebanese, no comércio da Rua Santo Figênio, eu vou pro Irã, estudando o Irã, tenho contato com uma das figuras mais faladas do mundo eslamico, chita, no Irã, que é o cheique irabânico, ele morava a ilhairo adido cultural da embaixada do Irã na Argentina, e aí 94 teve uma explosão do caso Amian, que explodirei embaixada de Israel, e a Amia, que era uma associação esraelita, o cheique irabânico, como estava nem embaixado, ele foi acusado o autor desse tratamento, e aí faz com que, quando eu chego no Irã, o cheique irabânico não é visto como um procurado pela interpol, ele era visto como supervisor dos alunos da América Latina, então quando eu fui para o Irã, fiquei subordinado a ele, mas eu, eu não, 94 era criança, não tinha noção de quem era o cheique irabânico, então eu estava junto com homem lá, todo momento, ajudando e tudo, até que a revista veja um jornalista chamado Rodrigo Rangel, mais uma matéria sobre o cheique irabânico, chamada professor terrorista, e coloca que eu era o braço direito do cheique irabânico no Brasil, e na minha primeira viagem para o Brasil, depois de estar um ano e meio no Irã, a polícia federal baixa na mesquita do Brás, com uma pasta, foto, tudo, falando o que você tem contato com ele, se é um procurado pela interpol, é terrorista, e tudo mais, e eu não, eu tenho contato assim, eu conheço, mas não sou funcionário dele, lembraço direito dele, né, fizeram uma matéria meia mentirosa, e aí a pareja, não, eu não podia imaginar que isso partisse da veja, e o nome do jornalista ainda é chamado Rodrigo, com o mesmo nome que o meu, então aí foi que fizeram uma matéria que assim, ela levantou meu nome na mídia, mas com algo negativo, o islâ já tem uma imagem negativa na mídia, então levantou como algo negativo, como a o cheique, que é braço direito do cheique terrorista, e aí eu tive que na época me justificar no Brasil, que eu não tinha ele, ação com ele, e acabei falando pra polícia, olha, o irmão do cheique erabani, que tá no obrigado, o irmão do cheique erabani, que tá em Curitiba, ele que é o representante do cheique erabani no Brasil, não tem nada a ver com o cara, e esse cheique erabani me perde o visto no Brasil, depois dessa revelação que eu faço, e o cheique erabani me acusou até o último no irando, eu sei espião americano, oito, e porque eu tirei o visto do irmão dele no Brasil, eu que ficava em Curitiba, ele tinha coisa até hoje disso daí, né? Sim, mas Rodrigo, quando tu foi pra lá, imagino que a língua era uma barreira bem grande, né? O idioma era persa, sou uma pessoa que eu falo muito, em seis meses eu já tava falando persa, quase fluente, o persa é um idioma que as letras são a mesma que o idioma do que o idioma árabe, então eu já fui conhecer no alfabeto, né, o persa tem quatro litras, a mais que o árabe só, né, que são alguns sons diferentes, muda na pronúncia, e muda na fala, um árabe não vai entender um persa falando, um irando falando, mas eu aprendi o persa lá em questão de seis meses eu já tava falando, filho, você tinha vontade de já conhecer o alfabeto, a forma de escrever, né? Me enfabinha ajudou bastante, pra mim parece ser a parte mais complicada, que é assim, eu não consigo entender, é bom, pessoas que não estudaram, não conseguem, qual o japonês, não conseguem entender nada, né? Não tem nada complicada na vida, basta querer, né, se eu, basta querer, né, se eu estou te mostrando que essa letra que é N, e você gravar a forma, tiver memória e gravar a forma, que isso é um N, você vai gravar que é N, e o sondel é N, o nome da letra N, e do lado é um O, você vai gravar que é um O, aí seja junto o N ou vira No, então qualquer idioma que você for trabalhar e quiser estudar, né, claro que é acredito que pode ser que tem um pouquinho de vocação,

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Porque assim como a querdito que tem a gente que um cartunista, que faça um desenho ali, e eu não tenho esse dom de desenha nada, tem alguém que tem um dom de memorizar, ou falar outros idiomas, dom da fala, dom de pregado, cada um tem da medicina, eu sei ver um sangue, eu desmai junto, se eu tiver que socorrer alguém. Então cada um tem um dom pra uma coisa, né? Eu achei que esse livro aí que você tá usou como exemplo, é sobre o quê? Eu trouxe o livro hoje. Na verdade, agora eu tô também negociando com a editora, eu vou lançar um livro com uma biografia minha, porque eu fui deportado do Durán em 2013, que aí eu só no livro eu vou contar a história, muita gente questiona porque saiu na mídia, eu coloco o tourbante em 2013, recebo o título de cheque, primeiro cheque brasileiro, e depois de três meses, misteriosamente, eu sou deportado do Irán. E aí, embaixado do Irán, no Brasil, não se reportou dizendo que não fiz nada, de nem um cometido, nenhum delito no Irán, vai fazer dez anos do ano que vem que eu fui deportado, até falei que eu vou fazer uma festa, dez anos da deportação do cheque Rodrigo, porque me acusaram de numer as coisas que nunca provaram nada, que aí eles piam americano, que eu entendo tudo mais. E eu trouxe um livro hoje do amigo que é o Guilherme, Guilherme Brito, que ele fez um livro e eu acompanhei, porque eu e o padre trabalhava mativamente durante os dois anos de pandemia, fortemente todos os dias ali, em formas diferentes e tudo mais. E até me admirou, até eu estava no pessoal na época, até me admirou, eu estava num partido que se diz socialista, né, o Bolos veio aqui, como você disse, socialista, um partido de esquerda que fala aquilo está pelo povo, mas todos vereadores do pessoal aderiram a onda do Fiquem em casa. E para dar exemplo, então quer dizer, Fiquem em casa, a use máscara, a use álcool em gel. Esqueceu que tinha 35 mil pessoas, em situação de rua jogadas nas ruas, aumentando a fome, aumentando, despejo, aumentando, e tudo mais e não tinha ninguém na rua. Era o padre de Julho Lancelote do lado, cheio que o Rodrigo do outro, e umas pessoas ou outras ali tentando ajudar. E o Guilherme, ele é um escritor, né, ele mora em Maripurã, e ele fez esse livro acompanhando esses dois anos sobre a trabalho da pandemia do padre de Julho. E ele colocou o nome do livro, ele está no meio de nós. Eu trouxe para presentear você, inclusive. Muito obrigado, cara. Mas é muito interessante, porque assim, quando você fala da população, a situação de rua, é um ato polêmico, é um assunto polêmico. Quando você fala da questão, da povo dessa ação de rua, no âmbito governo e justiça, a justiça é a justiça do homem, robô tem que pagar a penalidade. Eu acredito que eu aprendo muito com o padre de Julho Lancelote, na verdade, depois eu até te conto a história de como que a gente fez essa união, mas a justiça dentro da religião, ela baseada não só a justiça, ela é baseada em misericórdia, por isso que a gente não julga as pessoas, porque ele é usuário, porque ele é homossexual, porque ele comentei um delito no passado. Então, nós trabalhamos com a justiça, mas com a misericórdia, acima da justiça. O Alcôrão Sagrado tem centicatores e capítulos, e tem centicatores e frases que começam ao Côrão Sagrado, escrito em nome de Deus, o que lentei um misericórdioso. Então, em todos os capítulos do Alcôrão Sagrado, com a exceção de um, que fala de guerra, então, não começa em nome de Deus, fala em nome de Deus, o que lentei um misericórdioso. Então, eu mais do que trabalhar com a questão pecado e que marginalização, ou condenação a o inferno de uma alma, eu acredito que o Deus é maravilhoso e amor, e é aquele Deus que se alegra em a gente se arrepender, em a gente ter uma nova chance e trabalhar com a misericórdia. Então, o trabalho social, eu faço desde 2010, não tinha um trabalho eslâmico porque não tinha apoio da comunidade, então, que eu fazia. Eu usava meu nome, eu agradava roupa, se está basca, e eu ia numa instituição, cardicista, um bandista, eu via procurar alguém que estava em trabalho social, e eu ia participar. E aí, depois a gente surgindo, aí, eu conto como foi a Junção com o Padre Julho. Mas, vive só para quem está assistindo a gente. Estamos falando aqui da Ação Social, onde vocês trabalharam no meio da pandemia e tudo mais. Aquina descrição tem um meio das pessoas, ajudarem esse trabalho, tem ali o Pix deles, e se vocês puderem, Deus tocar no coração de vocês, também, ali, se vocês quiserem, ajudar, com certeza vai ser muito bem utilizado. O livro sagrado fala da caridade com os mais pobres, inclusive. Todos os livros sagrados, nós somos de uma religião monoteista, que Deus é único. Então, até quando teve o Dia Internacional de Jerusalém, eu juntei um rabino, juntou eu, Padre Julho, um rabino, juntou as três religiões monoteistas, nos centros eslâmicos, e fizemos duas horas de live aproximado. E aí, muitos cheques iranianos, falou, está ficando maluco, levou um rabino e levou na mesquita para fazer um bate-papo, eu falei, eu levei porque a questão da faixa de gaza, a questão de Jerusalém é muito debatida. E aqui, juntou em um Padre, um cheio, um rabino, se nós conseguimos fazer duas horas de live, falando de paz, de amor, mesmo tendo opiniões diferentes em alguns temas, com a questão de Israel e Palestine, esteja lá o que for, nós conseguimos manter duas horas de paz, quem consegue manter duas horas, consegue exercitar para fazer 24 horas. E quem chega 24 horas, chega numa semana de diálogo e de paz, então, caminho da paz, ele é o diálogo, ele é o respeito. Eu não tenho, eu não tenho a mesma cabeça que o padre Julio Lancelote, e nem a mesma criança em alguns pontos, a criança de Deus único, a unicidade, tudo mais, mas eu sou Muslim, ele é um líder, ele é um servo cristão, e eu sou um servo Muslimo, obviamente, já vê uma grande diferença aí, mas o que une? Unique, Deus é único, porque a função da religião é servir. Eu acabei me tornando um shake diferenciado, porque a maioria dos shakes, e eu sou muito criticado por criticar, os shakes vem pro Brasil, eles acreditam que eles têm que ser servidos, tem que ter um motorista, tem que ter uma casa boa na mesquita, tem que ter um grupo acessorando ele, tem que ter uma secretária, e tudo mais, então assim, e eu quando… É o que você é servido. E eu quando eu comecei o meu trabalho social, na mesquita do Brás, eu tinha um salário bom do Governo Iraniano, eu cheguei a ganhar até quase 20 mil reais por mês, que pra mim era um ótimo salário, eu tinha bastante privilégio, ganhei a belite de avião, viajava bastante, mas quando eu cheguei a ver que no Brasil, eu tinha a barreira, que eu não conseguia fazer o trabalho social, e de tudo que eu estudei na Alcórão Sagrado, ele me basei em três coisas, tal ao Alcórão Sagrado, pra eu resumir pra você entender o que é esse livro, né? Um fala de ética e boa conduta, né? O outro ele vai falar de jurisprudência, aquilo que é pecado, aquilo que não agrada Deus, e desagrada Deus, e aquilo que agrada. E o terceiro ponto que ele vai te falar é a história dos profetas anteriores, então, sermos humano não significa negar o cristianismo e o judaísmo, eu sou judêo e eu sou cristão, porque eu soumos humano. Então, porque eu acredito em Jesus, estou esperando a volta de Jesus, assim como eu acredito que o padre, também é a guarda volta de Jesus, assim como os judêus, acredita na vinda de um Messias, por exemplo, né? Então, isso daqui nos uni. E eu, de tudo que eu estudei no Alcórão Sagrado, hora que você fala de ética e boa conduta, tem uma frase no Alcórão Sagrado, que eu vou até te presentear futuramente em via um Alcórão, você vai ler que o Alcórão Sagrado, várias vezes, fala, faça a oração e pague o Zakat. Pagar o Zakat, muitas as pessoas interpretam, o que é, é dar dinheiro pro cheio, ou pra mesquita. E o Zakat significa caridade. Então, o que acontece? Eu vi que os Muslims faziam assim, gorações no dia, mas esqueciam da caridade. Então quer dizer, porque a maioria da Colônia e Libanesa que vem pro Brasil, eles vem pra cá pra trabalhar, ganham a dinheiro e fazer a vida deles no Libano, ajudar a família deles, do Irak, seja lá do Andi For. Eu sou brasileiro, quando eu vim pra cá, eu falei, a minha função, a minha obrigação, é com meu país. Então, eu comecei um trabalho social. Quando eu comecei a sofrecriticas no meio da comunidade pelo trabalho que eu fazia, ah, o cheio que foi no centro de um banda, levou coisa da mesquita pro centro de um banda. Uma vez a secretária falou pra mim, essas roupas que estão aí, não é pra doar pra, pra essas pessoas, é pra doar pra Muslimos. Aí eu falei, então, me apresento um Muslimo pobre, nós estamos no meio do Braz. Será que não tem pobre? Não tem gente que precisa pra doar? Não, mas é só pra Muslimo. Então, aos poucos, eu fui me desligando da mesquita, fiquei sozinho, fiquei sem mesquita, já tinha sido deportado do Irã, a mesquita do Brazinho, determinada época, eu chegou a me proibir pelas minhas posições, é, como líder religioso, me proibiram de entrar na mesquita do Braz, saiu uma matéria enlista dão chamada intrigas no reino de alá, na, na capa do Estadão, aí eles falaram, o cheio que tá falando mal da mesquita, agora no, no jornal na mídia, né? Então, eu acabei virando uma figura muito polêmica, na verdade. Mas essas polêmicas eram pra o bem, porque, 40 anos de mesquita do Braz, você vê que não tem brasileiros nos humanos, ou você conta nos dedos, quantos tem fé, e conhecem o islamismo. Então, eu acabei gerando uma, uma mini-revolução islâmica dentro do islamismo, corrigindo a minha religião. Os meus humanos têm muito cheio que, pra trazer as pessoas pro islam, vai falar mal do cristianismo, vai falar mal do judaísmo, vai falar mal do evangélico, e eu faço o contrário, eu convido o pastor pra vir no Centro Islâmico, o pai de Santo.

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O padre Julho, aquele que quiser tiver aberta ao diálogo, eu convido, mesmo com as críticas. Quando eu começo a fazer o diálogo interreligioso, começa a abrir portas por Islam. Peraí, o Muslim não é este terrorista. E eu começo a ganhar oportunidade de mostrar na prática, não só fazer na oração, na prática que o que? O Islam não é terrorista. E se falar de terrorismo, por exemplo, que tem aquela questão sonito chita, que fazem muita sabriga até no Brasil tem essa crítica, eu falo, se você for falar de terrorismo que nem chita, levam como extremista. Se você levar em consideração, está a deslame, cosama bem lá, tem alcaide, a sadan russém, o boco rarana, a ligéria, são tudo grupos sonitas, se for falar ao pé da letra. Mas, na verdade, eles nem representam sonitas, porque o sonita e o chita segue o alcorão. O alcorão, como palavra de Deus, não ensina a morte, não ensina a opressão, contra todo tipo de opressão. Eu me informei no irão, não significa que eu concordo com toda a política iraniana. Eu tenho as minhas críticas que eu acredito que a falta de religiosidade é um problema na sociedade, agrega alguns problemas, mas o excesso de religiosidade, ele também agrega alguns problemas, piores do que aquele que não tem religião. Porque o excesso de religião faz você discriminar. Ele é homossexual, ele vai condenar do alinferno, não serve para a religião. Porque esse é assim, esse assado. Então eu queria um sistema aqui. A 7 anos atrás, eu queria o centroslâmico da Penha, eu tinha uma captiva, que era um carro que era apaixonado por ela. E… O carro grande, não é? É um carro bom, tudo mais. E eu vendi ela para fazer o meu salãozinho ali do centroslâmico e comecei com três tapetes de vagarzinho e foi construindo. Mas eu falei, eu não posso ficar só pregando o Islã. E eu comecei a fazer os trabalhos sociais e de picadinho. Se eu não posso… Sim, pode falar, vamos dar de novo. Pode a vontade, não, né? Você está apresentando, eu pode avontar de… Você queria ser um cara de televisão. Eu tenho um perfil dele que ele queria ser um cara de televisão. Para ser um produtor de televisão. Você sabe mesmo, minha vida. É, a gente diz tudo um pouquinho. Mas… Tem uma questão que você falou do projeto social e da questão do partido, do pessoal, o taco falou, o tomo fica em casa. Eu bati muito nas pessoas que também falaram fica em casa em questão social, porque a gente abriu nosso projeto de forma diferente. A gente parou de atendê as crianças de manhã de tarde e começamos a fazer uma recadação de sexta-basco que a gente viu que ia faltar comida e a gente tinha que virar automaticamente a cittencial. Mas quem está no barro, quem está na favela e tem a visão já transformou o projeto nisso e o automático que viu que ia ser um caos. Um pouquinho antes da pandemia eu já estava falando, gente, vamos guardar a cittabásica, está vendo uma coisa ruim aí, a gente sente que vai acontecer alguma coisa ruim, quem está no meio do povo, assim. Então isso que vocês fizeram, porque vocês estão na base, vocês estão dentro do trabalho, do problema também. Agora as outras ongs, os outros partidos, como eles estão de longe, eles não vivem aquilo ali. Não convivem. Eles não sabem nem fazer. Eu que tiquei muito também os partidos, as ongs. Aí um diretor de um problema, não sabe nem fazer o que você fez. A gente sabe lá, a abrir de manhã, fazer a recadação do dinheiro, distribuir, comprando comida, fazer a aula das crianças, mas fazer um trabalho desse perante à pandemia, de distribuição de alimento, cada a strafa, a família não sabe fazer, porque eles nunca fizeram nada como sou a guerra, sabe? Então, assim, é muito diferente o trabalho burocrata de um projeto social, ou de um partido, que por mais seja colegado com o povo, não, não tem essa vivência com o povo, entendeu? Não, e eu falo uma coisa, que ele sente uma coisa, né? Ainda mais. Quando eu já fazia o trabalho social, como eu falei, eu fazia aleatório, eu não tinha uma ordem no trabalho, nem nada, né? E isso aí é distribuindo, e tudo mais é a qualidade é bonito, comecei alguns discursos, por exemplo, na pandemia, criticando os cheques, porque os cheques falavam, você está malucos, você está se enfiando na favela, tá no ao do covid, e tudo mais, né? Os cheques aderiram fica em casa, né? E eu falava para eles, olha, qualquer pessoa, político, não importa quem seja, pode falar do fica em casa. Quem não tem direito de ficar em casa, são os líderes religiosos, não tem direito, pelo seguinte, é, o líder religioso é aquele que estuda sobre a vida e sobre a morte. E se você aceita a vida, você tem que aceitar a morte. O líder religioso que tem medo da morte, ele não tem segurança das atitudes dele, ele não tem segurança da religiosidade dele. O líder religioso, ele não pode ter medo da morte. É um risco, é um risco. Temos que nos proteger, temos, temos que tomar os cuidados e a vida em primeiro lugar. Mas o líder religioso, a religião foi feita, a Deus criou, para ensinar e servir, ensinar um irmão a servir o outro, e não os líderes e a igreja, ou a mesquita ser servida, é o contrário, não é as pessoas trabalhar para servir a mesquita, a mesquita trabalhar para poder servir a quem precisa e fazer o intermédio de quem tem com quem não tem, e tudo mais, mas aí o que acontece? Certa vez, eu fui convidado para gravar um programa do canal GNT, com outros líderes, e lá o padre de Julho estava nesse dia, foi aí que eu conheci o padre de Julho pessoalmente. Foi uma roda de batipá, tinha vários líderes religiosos. Era um papo sobre, era o com o social, eles jogavam um tema, por exemplo, religió e política, então o padre falava, eu falava, o índio falava, cada cadar, o budista falava, cada um falava, e aí nesse bate-papo, tudo mais terminou, gravamos, na hora de embora, eu perguntei para o padre de tava ali, cabenga a linha dele para pegar um táxi, acho que para embora, né? E eu perguntei, eu para onde ele e ele falou para o Belém, e eu falei, eu moro na penha, do carona e a gente trocou a tesada, foi bater no papo, e ele falou uma vez, de visitar o trabalho dele, e aí assim, várias vezes eu escrevi para ele, não atrizar, o que tem que levar, o que tem que levar? E ele vai atrás do que você quiser, é sempre assim muito, o padre até aprendi com ele, porque é muita pergunta, sei se escreve uma coisa, pra ele, ele escreve grato, ele é bem curto nas respostas dele, né? E é dele, é a personalidade dele, e assim, e aí a primeira vez que eu fui lá, talvez eu não sei se ele vai se recordar, mas a primeira vez que eu fui com umas cachinhas de eleite um pouquinho de coisa, que eu não tinha a noção, ainda o café era feito na paróquia, são Miguel Arcanjo, né? Com os irmãos de rua. Quando terminou, o padre Julho bateu no meu hombre, falou assim, pronto, tirou suas fotos, tudo, muito obrigado. E ele entrou pra dentro desse criatório, eu não sei se ele vai lembrar disso, mas eu voltei no carro, como o coração apertado, e eu falava pro neco, eu falava pra ele, eu falava nossa, mas que padre ruim, eu falei, Brely, eu venho aqui de bom coração, e a gente se conheceu, eu achei que era uma amizade, e ele falou de abatear suas fotos, só que aí depois, aí me eu te placem, olha, se ele fez isso, tem um porquê. É, com certeza. Aí na segunda-feira eu falei, como a gente é ferante, né? A gente, nossa, nossa renda é da feira, a gente tem baraca de queijo, frios na feira, né? Então aí que acontece, a gente dá só pra ir no padre Julho de dia de segunda, porque os outros e a gente trabalha. Então a gente segunda, não outra segunda foi, não outra segunda foi, e aí foi mudando continuidade. Aos poucos eu fui vendo, que aparecia muito líder religioso, lá, pra tirar foto com o padre Julho pela fama dele, pra aparecer que pra aparecer. E uma vez um padre que eu não vou citar o nome, uma vez eu lembro que ele levou uma caixinha que devia ter uns 50 kits de banana, o todinho, tinha, você tem 200 pessoas na fila, o cara trouxe pra uma 50 pessoas. E aí eu, depois procurei o nome dele na rede social, e ele colocou assim, né? Mais uma manhã, na luta com o padre Julho, os irmãos de rua, e hoje recebemos a visita do cheque Rogério. Ah, eu quero nem, eu não engano a meu nome. Aí eu puse nos comentários dele, que eu vi no Facebook, que eu falei, foi um prazer teu senhor pela primeira, a vez lá na paróquea, com… E quando eu quero ter distribuído… Eu falei pra ele, né? Porque ele veio, ele ficou nem até o final. O padre Julho foi até direto com ele. E aí falou, padre, eu não vou poder sair, o padre falou, eu já sei, você tem um compromisso, falou pra ele. Aí ele foi embora. No lado do projeto, as pessoas querem ir, no dia das crianças, e que é dar o presente, ele já viu, ele estava lá, o cara chega, e eles organizam com a gente, a gente trabalhou andando todo, um pouco um pouco o presente, e que é dar, é um cara que chegou. É, a gente deixa eles dar, para alimentar, vai dar. É, é, é, a gente dá por último, tem problema, mas as crianças ficam. O chintinho de nada, quem está notou, vai não se ver. Nem conheço, quem é esse cara, é esse cara, e o cara, o meu abraço aqui, vamos pra foto. E aí, e aí, aí, aí, e aí, foi quando esse padre foi lá e tirou as fotos e postou aí, eu postei no comentário, falei no comentário lá, primeiro, o lugar, os 30 minutos que você ficou na paró, que é onde eu tenho do seu gravar, meu nome, não é Roger, é Rodrigo. Eu e o segundo, falei pra ele, né, o 50 kits que o senhor levou, e não os 200, não era suficiente para a teneira todo mundo. Falei pra ele, e eu coloquei o comentário, e ele apagou meu… E ele apagou, meu comentário, e me escreveu no privado, falando que ele, ele colocava o número de kits, maiores e tudo mais, que era pra incentivar os paroquianos adorarem mais. E eu falei pra ele uma coisa, eu falei, olha, eu não sou o padre, eu não sou católico, mas eu acredite que o trabalho social não se leva a comentira, não vai se mentindo para os paroquianos que você vai ter progressa no teu trabalho. E eu sei que assim, ele não me bloqueou, mas ficou no Facebook um tempo, na campanha política, ele fez a questão de me mandar uma mensagem no privado, no Facebook, que se você não tivesse me atacado, naquela época, talvez agora eu faria os paroquianos que eu vou estar em você. Aí eu falei pra ele, se for basear a dê mentira.

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Não precisa muito obrigado. O senhor está 40 anos nessa luta e o senhor deve ter que lidar com este tempo inteiro, assim como o cheio que falou assim na primeira vez, o senhor talvez tenha sentido nele uma possibilidade de ser mais um oportunista, mais um oportunista e tal, como é que o senhor lida com isso? Então, eu acredito que assim, o que achava de toda a nossa questão é conviver com a população em situação de rua. Tudo o que a gente leva, partilha, é convivência. Agora, durante a pandemia, eu sempre digo, eu procurei me alfabetizar no olhar das pessoas da rua, que todos usando o máscara, a descoberta deles da pandemia foi muito interessante. O começo da pandemia, o momento terrível daquele início, quando a cidade ficou vazia e a cidade viu a população em situação de rua. De repente, tomou o tempo da vida deles. Muita gente que me criticava de conviver com a população de rua, nos viu ali todos os dias com a pessoa de rua e que a gente não recou, deve ter pensado esse velho desgraçado, continua ali, quem sabe, ele pega o covid e desaparece. Então, foi um desafio, mas os moradores de rua, as pessoas em situação de rua, eles são capazes de perceber se o que você fala é verdade ou a mentira, se você fala que está com eles e não está. Na bolinha do olho? É, eles percebem rapidinho. Então, eles já me viram, levaram gas de pimenta na cara, de ser empurrado pela guarda civil metropolitana, de ter que subir no carro da prefeitura para pegar as coisas deles de volta. Então, o que, para mim, é importante que, nesses 40 anos, eu nunca mudei de lado e não quero mudar. E você sabe bem, Ferres, de que conviver com o povo é desafiador. Porque a ideologia dominante é a mesma. E eu sempre sinto acima de beboar e o Paulo Freire. Acima de beboar diz, os opressores não teriam tanto poder se não tivessem tantos cumpres, cimentos os oprimidos. E o Paulo Freire, nosso centenário e combatido Paulo Freire, neste momento, disse, se você não tiver uma educação libertadora, o sonho do oprimido é ser opressor. Então, a população e situação de rua no convívio é conflito também. É desafio, conviver na comunidade, conviver com o povo, sempre conviver na favela, na comunidade, na prisão, tem aqueles que pensam como dominador. E você tem que viver esse processo. Agora, eles percebem muito, por exemplo, que a gente viveu hoje de manhã. Nós estávamos indo para a São Martinho, vimos um senhor caído na rua. Me chama sempre a atenção, quem está caído sozinho tem algum problema. Alguma coisa, a gente sempre procura chegar perto e perguntar, está de boa como é que está. E ver rapidamente. E esse senhor até o Paulo Escobar estava junto, descobrimos o cobertor, ele estava chorando de dor. Então, aí a gente foi perguntando, não estou com muita dor, não estou aguentando, tal. Aí eu fiquei pensando, na hora, passa mil coisas na cabeça. Chamo Samu, Samu vai levar mais de uma hora como outro dia. Chamo pessoal da saúde, aí eles estão em outro atendimento. Nós estamos perto da Upa. Aí eu disse, eu vou lá na Upa, buscar cadeira de roda, como outro dia, o cheio que foi também buscar cadeira de roda para socorrer o irmão. Mas a gente conseguiu que o Samu vi esse relativamente rápido, porque eu me identifiquei até o coordenador do Samu me ligou. Eu fui pegar a cadeira de roda e o segurança, correctamente, foi me impedir. Aí eu disse, não, eu sou o padre de julho, a gente está socorrendo, aquela pessoa, veja, ele está ali, passando mal, a gente vai trazer para cá. O povo da ruta vem do tudo isso. E aí o cara não me deixou, e eu continuei pegando a cadeira de roda, ele veio para cima de mim e me deu um sol avanco. E eu tirei a mão dele da cadeira de roda e continuei com a cadeira de roda, andando. O povo da roda lendo tudo isso. Ele está olhando, vendo o que você está fazendo. Ele está vendo que eu não afinei. E fomos lá com a cadeira, pegamos o cara e trouxemos o cara para o atendimento e a pessoa foi atendida. Então, eles estão filmando a gente o tempo todo. Um dia, a cabine da PM lá na praça da CER, o PM falou assim para mim. É você ficar defendendo esses caras, você sabe que a gente fica aqui dentro da cabine e o de inteiro vendo o que eles fazem ali? Eles não são os anjos que você pensa. Falei, eu sei, mas você já pensou também que eles ficam de inteiro ali vendo o que vocês fazem aqui dentro. Eles também estão vendo o que vocês fazem aqui, quem vem aqui pagar para vocês e de quem vocês recebem. Então, eles também enxergam. Eles também estão fazendo a tua leitura. Nós fazemos a leitura deles, mas eles também fazem a nossa. E eles estão vendo se você, de verdade, é amigo deles e está perto deles. E como eles dizem, corre, faz a correria do nosso lado, corre com a gente ou não. Ou você corre com eles ou não corre. E eles estão fazendo a leitura disso. E essas leituras têm os conflitos também. Mas tem também eles percebem, como eu percebo que eles me acolhem. Eles me acolhem muito. Eles dizem muito, passam, demanham, passam na fila do café, 500, 600. Eu vou lendo os olhos deles, lendo os pés deles. Alguns se incomodam de ser olhados. Por que? Quem pergunta para um morador de rua? Você está bem? Onde você dormiu essa noite? Quando eu vejo a pessoa muito amarfanhada, eu pergunto onde você dormiu essa noite. Às vezes encontro algum, eu falo, não sei, me agresseu o que aconteceu. Quem fala isso para um morador de rua? Na distribuição, exatamente assim. Quando a gente vai distribuir, a vez vem um pessoa ajudar a gente, e eu não falo mais. A gente diz, eu falava, você vai entregar, você vai olhar no olho, perguntar se a pessoa está bem. Hoje eu não falo mais, eu deixo aprender. Porque você vê que tem gente que é no automático. E o próprio morador, ó criança, no caso do meu projeto é criança, ou adultos, às vezes fala, vai pegar esta básica, e o canentregue não é assim, não? Você faz isso? Não. Do jeito que o canentrega, sexta, o adulto fala não é assim, não. É. Porque é uma coisa que também fala assim, não. Você tem que olhar e falar, está aqui. É o que o Papa Francisco fala muito isso. Olha para a pessoa, veja que é uma pessoa. Um dia um grupo de jovens falou para mim, nós queremos te acompanhar lá na Craco. Eu falei, vamos lá, mas vocês têm que fazer uma coisa. Vocês têm que capital olhar das pessoas. Ah, mas como que a gente faz isso? Falei, eu tenho a minha técnica de capital olhar. Então a gente tem que saber capital olhar das pessoas. E sempre eu digo que a minha senha, para conviver com a população de rua, é olhar. E essa é uma senha que eu posso contar para todo mundo que a gente não deve contar todas as senhas. Mas se você não for capaz de olhar para a pessoa e ver que essa pessoa tem senkimento, que hora ele está com raiva, mas ele também tem afeto, tem saudade, tem dor, tem tristeza. E as coisas que nós levamos para partilhar com eles é como isso que você pôs aqui no meio. E se eu precisar de alguma coisa, você me trazer, o que você está dizendo para mim? Você é importante para mim. Eu tenho cuidado por você. Então, quando hoje, por exemplo, nós levamos luvas para eles. Eles todos gostam de pegar a luva. Mas, mais do que a luva, você está dizendo você é importante para mim. Eu tenho cuidado com você. Você leva um par de meias. Todos gostam de pegar o par de meias. Mas você com isso está dizendo eu não sou indiferente em relação a você. Você é importante para mim. E você está esternando esse cuidado que é o que hoje é a nossa sociedade. Não se importa. Nós estamos lutando muito e até queria aproveitar. Aqui nós temos um Instagram que se chama Observatório da Porofobia. Observatório da Porofobia. Nós estamos trabalhando muito essa questão da Porofobia. A rejeição ao pobre, a indiferença, a porofobia. É uma palavra que foi cunhada pela filósofo espanhol à Ladaela Cortina, em 2017. Foi considerada pela real academia da Espanha como a palavra do ano. De um fenômeno antigo, mas que agora está nominado e nós estamos trabalhando muito para evitar arquiteturo-ostil. Estamos fazendo, pela primeira vez, uma pesquisa com a população em situação de rua sobre a porofobia. É interessante, a gente faz a roda de conversa com eles pela manhã quando vai partilhar a roupa e conversa.

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É, sobre a porofobia. E é interessante como eles identificam rapidamente o que é. Nós estamos fazendo agora o shake, estamos ajudando a achar a gráfica, nós fizemos folders, estamos fazendo banners, porque o nosso objetivo é que eles conhecem o conceito, que eles percebam o que é, que eles identificam muito rapidamente. Hoje eles falaram para mim, ah, lá no banco, tal, tenho as lanças, lá na igreja não sei das quantas, tem as lanças, essas pedras pontiagudas embaixo das pontes, tal. Lá no Rio é muito comum, aqui em São Paulo não sei, devem ser também muito. Muito, muito. Agora as pessoas diz por que vocês querem que ele fique embaixo do viaduto não, mas quando na cidade só tem arquitetura hostil, ou intervenção arquitetura hostil, é um sinal aqui não tem hospitalidade. A dela curtina trabalha muito, que nós temos que sair da hostilidade para a hospitalidade, onde em Santo André aprovou o projeto de lei na Câmara Municipal, de o projeto de lei que veta a intervenção hostil na arquitetura. Várias câmeras municipais pelo Brasil estão apresentando esses projetos, na léssipa de São Paulo já está apto para ser votado em plenário, e no Congresso Nacional está na Comissão de Constituição e Justiça. Porque, proibir essas intervenções hostis na arquitetura, é uma forma de provocar a reflexão de que a resposta não é ser hostil. A resposta é acolher ser hospitaleiro, mas de uma maneira que não seja getos, que não seja tutela, mas que seja autonomia, e seja a capacidade, você sabe que nós estamos fazendo uma reflexão muito grande com os irmãos de rua, vocês vão se identificar com essa reflexão. Com a questão da internação involuntária, o presidente da República agora fez um decreto da internação involuntária, facilitando a internação involuntária, nem com a participação da família, só que, para ele e para a clínica, e sem internação involuntariamente, ou passando caps, que são os que dormem lá na mesquita, eles acabam tomando uma medicação que vira uma ojeima química. Entendi, ou uma castração química, eles para ficar em nove meses, nessas chamadas clínicas, que de clínicas não têm nada, eles acabam tomando medicação, eles sabem dizer o nome de todos os remédios, e o efeito, outro dia, usou uma imagem que me marcou muito, eles se a gente tomam esse remédio, a gente vai jogar bola e tropeça na língua, porque a gente fica babando, a gente fica alesado, e eles até chamam um dos remédios de bolachão, aí a gente toda hora vai listomar o bolachão, e esse remédio, nós temos pesquisados efeitos colaterais, são terríveis. Até de movimentos involuntários. Eu não quero também que eu queria colocar nisso que você falou, eu tenho muitos amigos e meus dependentes químicos, quando eles são internados, eles são retirados do lugar deles, e aí do bar do amigo, do vizinho, tudo, e é colocado lá no cítio, eu já acompanho vários desses cítios também, e tem um trabalho bonito também que é feito lá, de inclusão, beleza? Mas quando ele volta para a comunidade, ele volta para toda a rotina inteira, não teria alguma forma de trabalhar com esse dependente químico, dentro da comunidade, para não ter que tirar o cara, e depois o cara voltar. Exatamente, que seria o capso, mas o próprio capso, e o cheio que tenha acompanhado muito lá o capso, onde as pessoas vão dormir na mesquita, o próprio capso da medicação para a pessoa, fica com ele durante o dia, mas chega a cinco horas, seis horas da tarde, ele vai para a rua, e ele está hoje esse menino que foi machucado, saiu da upa com um monte de remédio na mão, estava até com uma enfermeira professora no universidade, é possível, você não pode dar um monte de medicação na mão de um morador de rua, que ele vai fazer o que com esse monte de medicação, ele nem relógio não tem, outro dia até o cheio que pode contar isso, que ele levam um tempo para abrir, porque ele estava numa dividade, estavam todos amontoados em cima do outro, e até o cheio que falou para eles, isso é muito interessante, aqui é um lugar religioso, não é para vir aqui drogado e mamado, e aí eles falaram, não, mas não estamos nem drogado, nem mamado, tomaram o remédio, nós tomamos o remédio, e ainda o cara do capso falou para ele, é nós dar um calmante, feliz luntidade, trabalho. É, porque começou o trabalho assim, é, Igor, eu faz o trabalho aleatório, quando eu me junto com o padre de Julho, nós tivemos o primeiro Natal Solidário, e eu falo que o padre de Julho para mim, foi uma grande bensa na minha vida, pelo sentido, em todos os sentidos, mas uma coisa que a gente ganha na vida, e que a gente carrega até o fim da vida, não é nada material, é o que a gente ganha de conhecimento, e eu fazia um trabalho social, o que eu acreditava que era ou da comida, ou da roupa, e o padre de Julho falou, não, nós não somos garçons, nós não somos, então aqui para servir comida, estamos aqui para conviver com eles, a convivência que faz a diferença, não temos como humanizar essas pessoas com ódio, nós temos que humanizá-las com amor, e aí ele começou a mudar a minha forma de trabalhar, e uma vez ele falou para mim, como é que está na pena os moradores de rua, porque eu ajudo ele na moca, e eu falei, eu não sei, ele falou, então precisa saber como é que está na pena. Então aí eu comecei a rodar a pena, que é o meu bairro, que eu não conhecia a situação, e comecei a achar essas pessoas e conversar, e aí uma vez uma senhora, caminhos sem volta, aí o ano passado no Inverno, que aconteceu, uma das pessoas que me acompanham tudo mais, me inscreveu no particular, falou assim, da comida sustentava agabundo, vocês sustentam, mas levar para casa de vocês, ninguém leva, e eu falei para ela, eu levo, e aí quando o padre de Julho abriu a paróquia, para colher os irmãos de rua o ano passado, que já era pandemia, ainda com frio, para dormir lá dentro, eu falei para o padre, eu vou abrir a misquita para colher os irmãos de rua também, para dormir lá dentro. E o Rabino abriu assim na goga também. E eu fui massacrado pelos humanos, está ficando louco, vai por beba, do vagabundo, aí dentro, e tudo mais, e eu abria, aí eu não sobro para os moradores de rua, como para cachorro, tem 10 cachorros de resgate na minha casa. Então não é só os moradores de rua, foi no tendo ao do cachorrinho, eu resgatei e levei, não leva mais, porque não tem espaço, e eu gosto de suas instações de rua, eu passei a conviver com eles, a ter uma visão diferente, eu faço um estágio com o padre Júlio, eu não ajudo ele em nada, eu só ajudado a cada vez que eu estou com ele, eu estou aprendendo uma coisa, vou te falar uma coisa que aconteceu? Eu só queria, desculpa, colocar um ponto que é muito legal, na sua fala, tem outra questão, e eu quero, assim, chegue um dia que o cara fala assim, meu, tenho óculos para aduar, aí você não, óculos não tem, eu dito com criança, não precisa de óculos, é porque o cara não está dedo, não é o problema de verdade, sabe assim, porque eu quero chegue, eu tenho óculos, você lembra o tomático de que você cedo óculos? Aí eu tenho as roupas da minha mãe, que ela é o Beza, você fala, nossa, eu tenho exatamente uma mulher que está na rua, que ela só tem um par de roupa, então assim, é um negócio que eu falei, porque não tem mais volta, porque quando o João Gorda entrou nesse negócio também, eu falei, você está fugindo, você vai ver, você vai achar criança aí na rua, você vai se importar com criança, você vai se importar com a cachoele, não, eu já me importo, eu falei, mas quando você conviver, eu vi ele convivendo, e depois ele me de comer dia, e falou, caramba, véio, eu estou vendo agora a situação das máscara, porque eu nem ligava com as máscara, mas é um problema psicológico, é problema, tudo sabe, tudo sabe, e a sobrevivência que muita gente não percebe, às vezes eu arranjo coecas novas para todos eles, porque o morador de rua só usa roupas, a dada que alguém do ó, você usaria uma coeca, mesmo que seja do teu irmão, não, né? Mas o irmão de rua tem que usar coeca, foi de outro modo, a mulher, a mulher, de rua tem que usar calcinha, que foi de outra, as trans, as travestis, ninguém da roupa feminina para elas, os meninos trans, ninguém da roupa masculina para eles, hoje tinha um lado com os meninos trans, que estavam lá, e eu estava dando a roupa para os rapazes, eles ficaram, para pegar roupa também, e às vezes a gente ouve o irmão de rua falar, ou legal que você trouxe essa curúja, aí faz um mês que eu estou com essa, porque ele toma banho e fica com a coeca molhada no corpo, eles ficam cheios de problema de pele, enquanto às vezes eles falam, eu estou com essa calça aqui, faz, não sei quantos meses, eu preciso de uma outra, então a gente não percebe que necessidades humanas básicas, a gente leva o sabonete inteiro, porque as entidades sociais picam o sabonete, dão impedaços, eles não podem escolher, eu sempre digo… Eu sabonete tenho uma história para contar isso. É escolher comida, nem comida, um amigo meu tava dormindo com meu carro, eu não comem o carro, eu não comem o carro, eu não comem o carro da narulho, eu falo, eu não comem o carro de Jesus, eu não comem o carro de Jesus, eu não comem o carro de Jesus, o padre Julio colocou a caixa de sabonete lá e vem algumas pessoas como voluntária para entregar, e eu lembro que a mulher estava entregar no sabonete, e aí uma mulher passou e pegou a mulher de um sabonete branco, e a mulher falou, e dá para trocar pelo rosa, ela falou, não, vai, vai para fil andar, o padre Julio não hora chegou, pegou ela pelo ombro, chamou, falou, olha, essas pessoas que você estão vendo aqui, elas já levam não, o dia inteiro dessa porta para fora.

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Aqui o único lugar que elas podem ter direito de escolher, levar um sim, se vai falar não, não é a minha forma de trabalhar. Se vai ajudar, ajuda direito. E falou aqui, eles têm direito de escolher. Se ela não quer o branco, ela tem direito de… É um gredir, sim. Padre de Ulyfou, você falou no mercado, você vai escolher o sabonete na prateleira, já vai de não repositor vim. E falar, sabonete tudo igual, não vai levar esse. Viva esse que já está bom? Não vai aceitar, então… A professora meu muito importante na minha vida, o Padre Comblan, ele dizia, se você não tem possibilidade de escolha, você não tem liberdade. A liberdade é fazer escolhas. Isso que você falou é sério. Ele não pode escolher a cama que ele vai dormir. É o pessoal do Albert G. que diz, a tua cama é essa aqui, número 32. E aí, você passa seu número 32. Eu sempre digo uma coisa que me pega muito. Desde o primeiro Albert, que tem missão Paulo, que foi pela década de 20-40, que era lá na rua do Drúbal do Nascimento, onde depois foi o juizado, e hoje onde é uma alocação social, até o centro de acolhida de hoje, que mudou o nome, não chama mais ao Bego, chama-se de acolhida, a única novidade que tem é que o centro de acolhida hoje tem tomada para carregador de celular. O resto é tudo igual. Ora para entrar, ora para sair, ora para tomar banho, ora para comer, ora para calabouca, ora para ver televisão, ora para isso, ora para aqui. Então, ele é tutelado. Tem um dos lá que, da rua, que ele estava arrendo, ele levou um susto, ontem, quando o outro falou, a medicação é de castração química. Ele levou um susto, que castração que é essa, aí explicava por ele que era química. Ele falou, piscar não vou nessas coisas aí. Tem uma questão também, que a pessoa esquece, que quando você está doando, você sempre tem um amigo outro falar, loucos, aí fica dando, a teja de caixarrões, você dá dinheiro alguma coisa. Acho. E aí eu sempre falo assim, primeiro, você não está se colocando na posição fantástica, você está podendo dar, você não está pedindo, eu estou com você, você não está pedindo. O cara esquece que num país desses, com 33 milhões de pessoas passando, que agora em segurança alimentar, na verdade é fome, e o cara está podendo dar, ele esquece. E aí ele quer brigar com a gente que está doido, porque o cara fica digno, o cara não está pedindo, o cara olha, dá a glória a Deus, ao chalar o que você quiser, porque você não está pedindo, mas o cara tem um pensamento tão atrelado, a elite, que quer com tudo. E os ataques são frequentes. Eu até a questão na porofobia que o padre está trabalhando muito, e nós estamos tentando colaborar. Estamos fazendo várias experiências. O padre levou um grupo de moradores de rua, na Oscar Freire, que depois ele pode contar a experiência, eu levei uma pessoa em situação de rua, há uns três domingos atrás, no shopping na Lé-Franco. E eu deixei, eu coloquei dinheiro na carteira dele, deixei ele entrar na frente, e eu fui filmando atrás, e quando ele entra, a segurança fala ao código, no seu quê. A hora que ele sobe a escada rolando, tem dois seguranças esperando ele, escoltando ele dentro do shopping. E aí quando ele vai na praça de alimentação, já vem outra segurança de outro lado. E eu até tirei foto, que eu sentei depois com ele pra almoçar, e aí nós estávamos a um sonho com três seguranças, não estava com roupa de cheque, e com três seguranças, a envolta da gente ali no shopping. Então se vê que isso daí incomoda. Outro dia uma senhora bateu no meu portão, ali na penha, e falou, escuta, não vai transformar a penha igual o padre Julho, e fez com a moca, ela não encheia de vagabundo aqui, né? Aí eu falei, eu não estou fazendo isso, eu já fiz. Eu falei, já tem quatro belichis aqui, e vai chegar mais ainda, né? E dentre esse trabalho até social, é muito bonito e interreligioso, que eu admiro muito preso muito, porque eu acredito que nós vivemos em um país laco, e ele deve se manter lá, e quando quero o Brasil, um país, nem que eles estão, e muito menos eslâmico e nem judeu, quero o país laco com toda a liberdade, o mano, exato. E eu sou entê-lo também, que não está atrelado, o bondado é religião. Não, que ela pode ser bondosa, pode ser… E quando fiz a campanha, meu carro quebrou uma vez, e eu não estava sem carro pra levar marmita pros manadores de rua, e eu fiz uma campanha numa vacinha pra comprar uma vança. Padre Júlio, um dia me ligando uma sexta-feira, falou, vem aqui na parólica, quanto que é essa van? Falei, a Padre Júlio, eu tenho quatro mil da vacinha, e tudo mais, ele falou, pega o que é vanque, você quer que eu vou interar o dinheiro, e ele fez uma doação de 15 mil para o centriz lâmico, quer dizer. Isso é um passo inédito, que é a primeira vez que um centriz lâmico é acolhido pela igreja católica. Não existe no mundo um ato como esse. Não é? É muito criticado. E aí… Foi chamado… Foi chamado, porque eu chamei o cheque lá no altar, eu nem tinha falado pra ele. Não. E aí eu me mandou você, violou o espaço sagrado, o que o cheque estava fazendo na volta. Não é ele, Júlio? É. Não é. Eu fiz um cheque em Velopei, o cheque móvel, chama cheque móvel, o cheque móvel. Eu ficou colocando uma foto do Padre Júlio e a minha, com uma frase do Padre Júlio, eu fiquei em destaque lá, que o amor e a caridade não são dimensões religiosas, são dimensões humanas. Isso que a gente tem dito muito isso, acho que isso é importante, Rodrigo, de que o amor, a caridade, a solidariedade, a compaixão, não são dimensões religiosas. Elas são dimensões humanas, porque tem gente que desdeus acima de tudo e foi o povo abaixo de nada. Agora, no senso, vai sair, vai se for feito, o senso no Brasil, vai ver que o que mais cresce, são as pessoas sem religião, ou desvinculadas de igrejas. Isso não significa que o ateu seja desumano, não, às vezes ele é muito mais humano. Então, o importante, as pessoas seriam humanizadas, as religiões, são meio, o Rodrigo é muito humano, não porque o objetivo dele é ser muito humano, o objetivo dele, é esta enligação com Deus, sair um mão dos outros, viver a misericórdia, compaixão. Ser católico, ser cristão, é um meio, não é o fim. E tem pessoas que têm outras ferramentas. Existe espiritualidade por os ateus. Eles têm outros caminhos, nós, numa sociedade teista, nós acabamos considerando que ser ateu, é ser desumano. E isso que é desumano, considerar o ateu desumano. É o Papa Francisco falou outro dia, eu conheço, muitos ateus e comunistas, que são gente muito boa. Aliás, hoje é dia de São Tomas Moros, que é o único Santo Católico, que na praça-berê Melimozco, tem o obelístico em homenagem, é ele que é o autor da utopia, o que é utopia? É uma cidade sem governo, onde todos são irmãos e todos são iguais. Então, você até para que eu te falo, eu até parei de falar, porque aí viram debático, cara, e então me prova que Jesus não exige por aí, né? Mas prova isso não é que é difícil, porque eu tenho que provar logo eu. Mas não é essa questão. A questão é que o que você faz com a tua criança em Jesus? E quando a pessoa fala, é todo o caminho leva pra Deus, eu sempre pergunto de que Deus que você está falando. E tem outra questão também, pode que ela é legal levantar? Eu não faço nada em produto, com medo de punferno ou por céu, não. Eu faço porque eu acho que eu devo muito. Eu devo muito como ser humano fazer. Eu tenho possibilidade de poder fazer. E quando eu não tinha possibilidade, eu também fazia que é outra coisa que o cara fala, ah não, quando eu tiver condição pra fazer, eu falo rapaz todo mundo que eu conheço, de pastor, a teoria, de todo mundo que eu conheço, perifélico, normal, todo mundo que eu conheço, normal foi bom, né? É fora, foi todo dia, foi todo dia, foi normal. Todos os caras que eu conheço, começaram a fazer ação social sem ter nada. Porque assim que você começa a entender… E nessa questão do ateismo, é uma questão séria isso. Porque eu sou a teu do Deus do Bolsonaro. É. O saramago era a teu do Deus do Salazar. Como muitos na Espanha foram a teus do Deus do Generalissimo Franco. E o caiu, Fabio Fara, o que é monotêista é a teu de todos os outros Deuses. Pois é, é? Porque tem milhões de Deuses aí, que o cara é a teu dos outros Deuses. Pois isso a gente tem que saber de que Deus que você tá falando. É isso. Se você olhar hoje a mesquita, a sinagoga, ou uma igreja, que seja a igreja cristã, e olhar os bancos, qual é a instalação mais que tem uma divindade? É o banco. É o banco. Se você olha uma ambulância do Samuel e olha o carro que carrega dinheiro, qual é o melhor equipado? É o carro que é a igreja de… Isso é idolatria. A ambulância que carrega o povo, tá capengando. Se vai ser, vai ver quantas ambulâncias do Samuel, tão lá no depósito, sem cuidado. Vai ver se tem um carro da brinque, no depósito. Não, você vai no posto de saúde da periferia? É cinco seguranças para um médico. Então é patrimonial a guarda. Você vai ter que me pedir, não para fazer o preface do novo livro do Ivan Illis, que vai ser lançado. Ele é um grande filósofo, até me sentir mal de escrever esse preface, porque eu para quem sou eu, na fila do Pão. Descrever o preface do livro do Ivan Illis. Mas ele fala uma coisa interessante. Uma cidade que tem muita escola, é porque o povo é muito ignorante. Uma cidade que tem muito hospital, é porque o povo é muito doente. Eu diria uma cidade que tem muita igreja, é porque o povo é muito desumano. Se você olhar São Paulo, hoje tem tanta igreja em São Paulo e das várias diferenças.

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de denominações religiosas, que quem vier visitar São Paulo só do largo da concorda até a rua Belém tem pelo menos 60 igrejas, só a evangélica São Paulo tem 6 mil igrejas. Só na rua talvez tem 6 igrejas de mangélica, só na rua talvez. Então, aí alguém poderia pensar puxa que cidade religiosa, não deve ter pobre. É o contrário. Ninguém passa fome. A minha naceça do garcíanoite você vê tanto a igreja e tanto a gente… Só que não, tem tanta igreja e o povo é desumano. E é isso para desculpa, mas são pequenidade Santo Amaro, as igrejas tem uma proteção gigantesca de grades, são fechadas por fora passando fome. A igreja não é um lugar de acolhimento também, que poderia ser não todos. Tem muita igreja que tem esse acolhimento, a minha mãe e mesmo. Foi católica a vida toda e a minha mãe é colhada em casa, porque a igreja falava que assim… As campanhas da igreja de fraternidade convenceram ela que ela tinha que acolher as pessoas de casa. Então, eu cresci assim. Então, eu tenho amigos meus, por exemplo, uns humanos, que se ele conhecer você, ele vai direto no com você. Porque um cara de periferia é um cara militante, é um cara do rap e é um uns humanos. Está sozinho, não pertence a nada, porque ele não se acha presente nenhum lugar. Agora o intra que a gente vem com a gente vai ter um recebido. Já vou apresentar seu trabalho. No centro-eslâmico, eu salo uma pequena, eu não salo de 6 por 9. E eu coloquei 4 beliches. Aí o padre de Julho viu, porque o pessoal estava vindo, estava dormindo no tapete. E o tapete de nosso diuração, às vezes eles deixam cheiro, ficam alguma coisa. Então, o branco atrapalhou também, o pessoal que vem por causa da religião no salão. Falei, eu vou comprar belichos, eles dormem na cama, mas digno e também não atrapalham no meu trabalho religioso. Combrei 4 beliches. Aí o padre de Julho, eu falei pra ele, eu vou comprar mais 4, porque ele está vindo dormindo mais. Gente, não está vindo só 4, está vindo 6, 8. Aí, comprei mais 4. Aí o padre de Julho falou, quanto que é? Porque ele sabe que assim, como o islamismo não tem um trabalho social fixo, eu aprendi a criar um trabalho social fixo com um padre de Julho. Hoje na pena, todos os dias regularmente, com o exeto sábado, que é o dia que eu do palestra, eu levo sem a 120, 130 marmitas, mais roupa que vem, mais cobertou quando o padre de Julho me manda, porque as pessoas não estão acostumadas de que o islamismo faz esse trabalho, então não vem tanta adoação para o cheque Rodrigo. Então, normalmente, o que? Por vinha, mais partidos, não mudasse. Vem no padre de Julho, só que o interrelijoso, ó, o cheque móvel pegou o nome, cheque o padre. Depois, aí o padre de Julho foi lá e fez o que? Quanto custou as beliches? Custo tanto, o valor está aqui. Ele doou através da arquidiosa de edição Paulo da Pastoral do povo de rua. A compra das 4 beliches que tem naquidão 8 leitos junto com os colchões, para mim, colocar lá sábado passado, eu estava dando palestra, um dos irmãos dos humanos falou para mim, o sábado não é tão bonito e agora está feio com essas canmas aí. Aí eu falei, está feio, se você olhar para o lado físico da coisa do salão, da beleza física, mas se você olhar para o lado espiritual, não tem uma misquita no Brasil que coloca, que tem isso daqui. O salão é pequeno, mas ele é grande de coração. Está acolhendo as pessoas em situação de rua, eles dormem com dignidade, eles jantam, e o engraçado que ele em um padre falou de que eles chegaram lá, eu estava dando palestra para o<|pt|> Commission da Universidade Online, e eu falei, 7,5, eu tenho que sair porque o povo da rua chega. E eu atrasei 10 minutos, 6,7,40, eles estavam jogados na calçada. E eu falei, eu falei para vocês no Vim Beba, dando em drogado, que é um centro religioso, eles não cheque, nós não estamos drogado, não, não, não, quem está a sou eu, hoje vai se amanhã, vem desse jeito, não vem mais. Aí, eles falem mais claro que eu ia colher, né? Mas aí eles foram para o pessoal do Capas, que indicam eles, e o Carapáis do Capas me lhe gostei que eles não estavam drogado, não, é que a gente dá um remédio para eles ficarem calmo, para não dar muito trabalho para o senhor. Aí eu comecei a me ligar no igual do remédio. Aí, eles dão para criança. Aí, eles também. Aujema, que me quer. Aí outro dia, um deles foram embora de manhã, e deixou caí uma cartelinha de um comprimento ali. E quando a gente pesquisou sobre aquele remédio, e tava eu, padre e o Paulo, o remédio, ele é cancerígeno, ele não pode ser tomado e ser ingerido o alco, e todos eles bêbem alco, causa a problema no fígado, atinge todo o aparte cerebral do cara e tudo. Mas você tá querendo com esses remédios, um genocídio ao longo prazo, com o que a gente chama de tratamento, ou você tá querendo uma geração de zumbis, que futuramente o cérebro não vai funcionar. E eles falam uma coisa muito séria. A gente troca a droga lícita pela droga lícita. É. Eles falam isso. A gente passa a ser dependente de uma droga lícita. E eles falaram esses dias uma coisa gravíssima. Nós estamos querendo aprofundar e estudar isso, de que muitas vezes esses centros de medicação são laboratórios, eles estão fazendo o experimento de medicação neurológica. De contrato por trás. Com uma população descartável, com uma população que não interessa se lesar, se causar um problema, quem vai se preocupar com essas pessoas? E não pode medir Carla na ONG. A gente não pode falar. A gente é proibido de falar que não pode medir carcriança. Mas a gente sempre orienta a mãe trazer e a gente conversar muito. Então, quando a gente pega, piscicula pedagoga, na caravanista, a gente conversa que a criaça, e eu vou te falar, as vezes em duas horas de papo, a gente faz um nó. A criaça tem um problema com a mãe, tão medicando, falando de peratividade, porque se a criaça acelerada, toma o remédio para baixar. Como é que chama o remédio famoso? Ritalina. Ritalina. Muitas lá são medicadas com italina. Eu falava da casa vida. Parece um barrio de ritalina. E aí, isso é muito acelerado. Eu mesmo. A vida interacelerada tinha que tomar a ritalina. A vida inteira. E o padre traz uma expressão muito interessante, que antes eu falava a excluídos da sociedade. E aquilo que é excluído dá para você incluir. Agora, você calcula hoje, por exemplo, eu não sei. Talvez eu tenho gerrado na minha comparação. O governo queria um hospital de cáncer, sem civiliza as pessoas, e se você analisar por quarteirões, quantas pessoas têm cáncer e precisa de um hospital de cáncer, é mínimo. Mas se você analisar em cada quarteirão, os dependentes químicos não são só amoradores de rua. Isso é assim. Tem muita gente de dinheiro, tem muita gente que tem uma hora de ir à instação de rua. Seja imagino assim, o governo começa a se preocupar a construir hospitais de verdade para fazer um tratamento verdadeiro que recupera essas pessoas. Se essas pessoas que são o trabalho, nós estamos tentando tirar ele descartável para o excluído. Mas se for feito um trabalho para tirar do excluído para o incluído, seja, imagina o número de… o que gera num governo? O tamanho do número de desemprego. O meu irmão ficou desempregado há cinco meses. Imagina uma pessoa que se recupera da droga do álcool, que hoje ela descartada, descartada, aquilo que não se aproveita mais mesmo, que o palco fala, que eu já mudei até a minha expressão de ícis. Esse copo descartável não vai ser mais aproveitável. E eles são vistas dessa forma, o excluído, você ainda tem como pegar o que lavá e tem como reaproveitar. Então essa expressão que o padre trouxe, eu achei muito interessante. É uma expressão do Papa Francisco, na Evangelhe Gáudion. E o que é sério, que é a lógica do neoliberalismo, é o descarte. Então nós estamos resistindo a uma lógica neoliberal. Esse capitalismo neoliberal, ele tem que criar, ele é lógica, para que funcione, para que funcione a militaria, para que funcione a competição, para que funcione esse sistema, tem que ter um exército descartável. Porque esse exército alimenta também. E essa população descartável, ela é o resultado da desigualdade, o Brasil, é o país mais desigual do mundo depois de países africanos. E no Brasil, segundo as pesquisas, uma pessoa para ter mobilidade social leva nove gerações. Cada geração são 25 anos. Então quem é pobre hoje, está condenado a morrer pobre, não tem possibilidade. Então até o ontem… Não tem curso de quipitografia, de quipitomoeda que salva esse problema. E ontem teve toda a discussão se está no programa ou não, a questão da renda básica. Qual governo vai ter coragem de plantar renda básica? O luco não vai ter coragem. Então tem que ter coragem de plantar renda básica. No plan da envolpe de governs está lá embaixo, tvão, Illinois, aوقxis fanta Brasil colocou o que é o Aوقxis fantai? É uma questão de desigualdade. É um organismo internacional. De que a desigualdade no Brasil mata eletal a desigualdade é letal. Padre, o senhor não acha eu vou sugerir algo aqui, Você vivem isso muito mais do que eu. Então eu estou só levantando possibilidades. Você está falando, na verdade, vocês estão falando a desigualdade no Brasil, uma absurta. Não discordo disso, na verdade é um fato, não tem nem como descordar. Mas será que o nosso problema não é justamente que a gente não tem uma base? Porque assim, sem desigual é… Eu acho que vai ser uma constante da humanidade por um tempo até a gente… Tem uma medida, uma justa medida. É assim, então assim, por mais que a gente tem uma sociedade continuidade desigual, se a base é focar paz de provê-lo uma vida… Dique-no para todos. Então a desigualdade, ela pode ser algo que a gente pode discutir depois. Mas a desigualdade no Brasil é de um para-mil na Suécia, é de um…

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O que é isso? Então você tem que ter Leonardo Bofi, no último livro dele, o pescador ambicioso e o peixe dorado, ele fala sobre achar justa medida. Não estamos pregando uma uniformidade. Todo mundo tem que ter a mesma garrafa, o mesmo guardanapo. Não é isso que a gente está pregando. Cada pessoa é original, cada pessoa tem possibilidades, tem o artista, tem o cantor, tem o mecânico, tem o mar cineiro, tem o intelectual, o professor, o aluno e tal. Mas tem que ter uma justa medida de um patamar de dignidade, qual todos têm que ter uma casa para morar. Não precisa ter todo mundo barato, numa casa igual. Mas todos têm que ter uma casa na casa. O país tem que ter três, quatro refeições por dia. Você pode comer 10 vezes, se você quiser, mas não pode ter alguém que não coma nada, ou que tenha que pegar do lixo. É aquilo que o Freibeto discutia em relação a Cuba. Ninguém tem 10 pares de sapato, mas não tem ninguém de escalço. Então, se eles conseguiram ou não conseguiram, a questão é, alguém pode ter cinco pares de sapato, mas tem o que tem uma justa medida, que todos tenham um par de sapato. Eu tinha na minha infância, uma pargata roda, e um sapato de inescola e de ina igreja. Então, é preciso que todos tenham quatro coecas para trocar que tenham a população dígua, não tem acesso a água potável, não tem acesso a papel e gênico, as mulheres não têm acesso a absorbente gênico, não tem acesso a material de gênia de limpeza. E essa punição eterna, né, padre? É uma punição eterna. Sim, tem que ser punido, porque foi morar na rua, porque decidiu viver longe da sociedade, porque caramba, você sabe tudo da vida daquele cara, impressionante, você já tem a vida. Porque a vida dele é pública. Um dia, uma senhora veio lá na igreja e falou, pode corre, corre, que estão tripando lá na praça. Eu falei, minha filha paga um botéu para eles. Só que é que eu faço o que? É que eu vá lá com matuália? Estém de atualia para ninguém ver. A minha filha não é obrigada a ver uma imoralidade dessa. Falei a sua filha, assiste novela. Foi porque se tiver ela na praça, eu acho que a teágua lá acertei. A Juliânia, pai, isso tudo mundo vai olhar. Até eu vou lá olhar. Mas isso porque o morador de rua é um atentado a morar e os bons costumes. Então acho que a gente tem que ter, como o Leonardo Bofi propõe, a justa medida, nem excesso, nem escacetes. Mas aí sempre no comentário tem alguém que vai falar assim, é, mas se você batalhar nesse país, você vem de até cocou feito de serragem, pode ser. Se você batalhar, só que a gente não está falando de merecocracia nessa questão. Não. Nós estão falando de algo que é assim, o Estado tem que estar o mínimo para todo mundo sobreviver e ter dignidade. É o que diz o cara que está na rua hoje, eles não têm um ponto de partida para eles. Não tem. Então… Por isso que é o momento, por isso que a delacordina coloca de que a Bofi é um desafio à democracia. Porque não há democracia e o Papa Francisco tem dito isso, a fome é a negação da democracia. Como que há democracia? Não país que 33 milhões de pessoas não têm o que comer. Isso não é democracia. Isso é uma desigualdade brutal. Então a gente tem que nem todo mundo precisa comer filerminhão. Mas todos fiz um comer. E você não vai deixar de comer filerminhão, se alguém comer uma caron dela. Exato. Fica tranquilo que o seu filerminhão pode fazer. E fica na questão da estatística todos os brasileiros comam meio frango, só que um comem 10, só que na hora de dividir, dá meio para cada um. A questão estatística. Então não tem neutralidade em nada. Tudo isso é uma luta. E não é comunismo, nem socialismo. Não estamos propondo que todo mundo seja igual. Não, nós somos pessoas diferentes. Eu preciso de uma coisa, eu preciso de outra. Nós vamos manter a pluralidade, a diversidade, de opiniões, de posições. Nós, deputados comunistas, um candidato comunista vai ganhar. Eu acho que tem um esquisito humanizados e pessoas que pensem à vida com dignidade humana. Ficou sendo próximo. E que o capital não tem a primasia sobre a vida. Mas que a vida das pessoas seja prioritária em todos os sentidos. E a gente vê a leitura da nossa sociedade, por exemplo, a desigualdade na saúde. Você veja a questão da vacinação da pandemia. Nós não saímos dos 83% dos completamente comunizados, pelas fake news e tudo mais. Mas se você olha a diferença de vacinação do Estado de São Paulo, pô, a MAPA, é tremenda a diferença. Se você olha a vacinação no Brasil e olha na África, a África não chegou a 10% de vacinados. Por que a população africana não é vacinada? A população europeia, norte-americana, nos Estados Unidos estão jogando vacina fora, no Brasil tem lugar perdendo a validade. Então essa busca de justa medida no desenvolvimento, num desenvolvimento que não seja predatório, não está marcado com a natureza, acabando com o mundo, os documentos do PAPA Francisco, agora a fratélitude. O PAPA Francisco coloca e é um mandato evangelho com a Maru inimigo. O que significa a Maru inimigo numa estrutura com a nossa? E é o que eu tenho dito sempre. A Maru Tirano, você vai gostar dessa? A Maltirano é tirada a mão dele a Tirania. A Maru Tirano é tirada a mão dele a Tirania e não para Tiranizá-lo. Então não é para colocar o Tiranizado no lugar do Tirano. Essa é a grande utopia cristã e a grande utopia humana. É que todos sejam os irmãos. Ninguém tiraniza ninguém. Uma coisa que eu tenho dito que me custa muito e a terme emocionante eu to ver, eu estou muito bem emocionante. Eu sei bem o que é isso. E que eu disse na revista estúsca são muitas as forças que a anime destruí. E os jornalistas me perguntaram muito sobre as críticas que eu recebi de parlamentares e outros. Uma coisa que eu tenho muito claro e eu nunca vou usar contra os que me atacam as armas que eles usam contra mim. E eu sei. E você sabe que agora nessas eleições e qual a divento do 5G, vocês que são ligados à comunicação, você sabe que o 5G já há o advento dos Deep Fakes. Se alguém quiser nos filmar que imuda toda a nossa conversa, e colocar armas em cima da mesa e dizer que nós estamos fazendo um comploar. Não dá ideia, não tem um público aqui. Então hoje é possível fazer tudo isso. E o Deep Fake é dificilmente identificável pelas técnicas. Então nós vamos fabricando técnicas hoje de destruição. É uma instruição ao invés de humanização. Então é uma inclusilhada na história que a gente está vivendo. E a gente vive como vocês vivem e você no trabalho que tem vive. A indignação que a gente tem. É uma indignação. Você vê como vimos hoje de manhã. A pessoa chorando na caussada em cima de um papelão com uma camisa molhada. O outro dia todo urinado caiu no arrua. Quem está indo na instruição não é a gente que está falando mais não. As pessoas da favela que eu tenho lá já estão cadastradas, estão lá recebendo ajuda. Quem está vendo a instruição é a gente de classe média até então classe média antes desse governo que está indo lá. E assim você olha para a pessoa para um gol, um gozinho dela e a mulher fala, uma mulher vinte cara aqui me disse, você falou, não mais dá porque a gente não sabe a situação da pessoa. E aí quando você vai dar a cesa, a pessoa faz questão de explicar, eu estou com esse carro porque eu estou trabalhando com esse carro de vender pamonha, eu trabalhava antes de administrativo, eu ganava quatro mil reais e falou, não precisa explicar nada não, você pode pegar sua cesta, que eu não quero, sua história, fica tranquila. Tá bom, só se quiser. Vinha aqui tomar um café, aí eu tá com isso, mas pode ficar tranquila. Porque assim, até então são pessoas, padrão, que elas estão, você sabe disso muito bem, eu sou to colocando pontual, são pessoas que até então ganham dois mil reais por mês, três mil reais e estão tendo que pegar marmita com cheque, com você, com um pessoa para completar e não passar fome. É verdade. Não é mais alguém só de favela que não está tendo que comer, são pessoas de classe média parte. E que não estou conseguindo manter mais a vida, estou entregando a Luguel, a gente está vendo famílias inteiras aí no parrô, é pai e mãe irmã, não é um cara que tem pôr psicológico mais. Você vai falar, por aquela mulher ali, ela fora do estereótipo que a sociedade gosta de dar, não é negra, não é nada mulher, uma mulher galega, tá confininho ali, brancos.

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de óculos que estranha aquela família, você começa a perceber que fugiu do estereótipo, que a quem está na rua vendendo o passo, a capa-móia, coisa da rua, não é nem mais o cara da favela, esse cara já está perdendo o posto por cara que está lá de classe média, então até então que era… Porque classe média dos países é muito louco, o cara ganhou dois mil e se acha classe média? É isso. Não, eu sou um porcento da população que ganha dois mil reais. Tem isso também, de não pertecimento de classe, do cara não saber que você está ajudando, você está ajudando, ele também que ele faz parte do problema, sabe? E aí aí você pega um conceito que nós, por questão de visão desse mundo neoliberal, capitalista, não conseguísmos mais tratar que a pertença de classe. Nós perdemos a consciência de classe. E não percebemos, hoje não basta ser negro, precisa ver de que lado você está, porque nós temos um presidente da Fundação Palmares, que é negro, e que quer mudar o nome da Fundação, pra pôr outro nome lá, porque ele, acho que o Zumbia, é um bandido. Como nós temos mulheres que são de grupos de direito e tudo mais. Então é preciso você tomar posição. Eu queria até aproveitar que hoje está tendo incuritiba, e para mim isso é terrível, a caçação do Renato de Fretas. É dentro na igreja. Ele entrou na igreja, ele não invadiu. Eu acho que você falou, certo, ele entrou, e o pessoal lá da cama continuou falando que ele invadiu. O próprio padre chegou a falar… Mas o padre depois foi na manifestação, a Arquideocéide depois reviu sua posição, isso que é contra a caçação. É, a falada foi o favor dele. Caçando o Renato, porque ele é negro, porque ele é periférico, e porque ele fala na cara daqueles variadores, que eles são os ladrões e corrupitos. Por isso que ele está sendo caçado. É, eu também por fora desse caso. Eu sei por cima que está rolando, que de fato lá parece que a vasta maioria voltou pela caçação. Ontem, 20, 27, e um grupo pequeno. E hoje esse processo vai ser contestado na justiça, pela forma como foi feito e tudo mais. Mas assim a gente vê quantos outros variadores e variadoras negros, e que são ligados à luta popular. O Leonardo Boffi diz uma coisa muito bonita, que eu sempre repito. Todo ponto de vista é a vista a partir de um ponto. Então precisa ver a partir de onde que você leia a sociedade. É, a partir de onde você leia. O poderoso, o poder de fala, é lugar de fala. Olha só, na vida do trabalho de vocês, como é que existe uma ajuda do Estado, o Estado se faz presente nesse… Não está mal, não é? Nos impostos, no IPTU, nos ataques, nas redes, basicamente… Você dá uma barraca pra quem não tem casa, pra chamar de casa, só pra dormir na rua e passar o caminhão do suprefeitura e recolha a barraca, que teve um custo de 200 reais e joga no caminhão, tritura, e leva com tudo o que eles têm. Então a saporofobia vem crescendo. Isso entra no governo, sago o governo, mantém, e é a mesma coisa. E aí eu acho que é importante isso que você coloca, é a questão do poder. O poder, muitas vezes, faz. Tanto a direita quanto a esquerda, pensado mesmo jeito quando estão no poder. Exatamente. Então a gente precisa tomar muito cuidado com a questão do poder. O poder… E aí, uma questão que a gente queria lembrar e afalar aquele outro momento, do Pep Múrica. O Pep Múrica dizia uma coisa muito interessante. Ele diz uma coisa muito interessante, que os que governam devem viver com a maioria do povo vive, não como a minoria. Seria. Eu gostaria muito que fosse ser a verdade. E você vê que os que governam, os que governam vivem, como a minoria, você vê o nosso excelentes professor presidente aumentar o gasto do cartão corporativo, agora para um milhão e e trezentos mil. Na verdade, o que governa, divide e vê como vive a maioria do povo, não como a minoria. E nesse sentido, um caminho que o Brasil tem que fazer é tachar as grandes fortunas. Sim, então acho que o principal, que a gente vai falar de impostos e tal, eu acho que a primeira coisa que tem que fazer era mudar, acabar na minha opinião com o imposto sobre consumo, na verdade. Porque o pobre… Assim, isso, claro, inclui a cabaria, transformando em algo como tachar a grande fortuna e tal. Mas porque assim, hoje, hoje se eu comprar um shampoo, eu vou pagar o mesmo imposto que o cara que está na rua. Ele vai pagar o mesmo imposto que eu. Isso, para mim, é uma das coisas mais desumanas que a gente tem na sociedade brasileira. A forma como os impostos são distribuídos, ela é um absurdo. E acabar com todos os privilégios. Esses dias, um irmão de rua, foi interessante que a gente tinha discutido sobre a porofobia, e ele falou para mim, padre, você tem um rolão para mim, que é um desodorante, né? Aí, eu fui conversando com ele e ele falou, sabe por que eu vou lá ser atendido na OBS, o médico e a enfermeira falar para mim, você não toma banho, não, você está cheirando. Nossa. Foi uma. O outro… Nós temos pegado esses depoimentos para porofobia. Eles falam muito o que a gente sente. Quando o outro falou, o meu amigo recebeu o auxílio e nós somos no restaurante para comer. E ele anda sempre com um cobertor nas costas. Em todo lugar que a gente entrou, a gente dizia, não, nós temos dinheiro para pagar. Ninguém quiser atender. Ninguém quiser atender. A gente vê os efeitos da pobreza, os efeitos da miseria, os efeitos dessa porofobia, são lesivos. Você se é tratado com indignidade, você é tratado como objeto, você é tratado com cruelidade. Você já perguei muito. Você vai comer comigo aqui. Não, você vai dar pela forma. Eu estou pagando e vai comer comigo na mesa. E agora vamos comer até a sua primeira dinheir. Eu estou com o senhor lá de quase 60 anos, que ele está dormindo no Centro Islâmico. Sabo da noite eu dei palestra, depois o pessoal foi embora. As duas da manhã eu peguei e falei para o meu subrinho. Vamos dar uma rodada para ver quem está na rua com o frio, para levar com o seu cobertor. Se tem um negócio de roteiros sociais, que você fez. Você fez um roteiro social também, no começo do seu trabalho social. Você chegou a fazer um roteiro de lugares que você ia passar. Sempre que eu fiz em estuduantes, onde que estão dormindo. E alguns são fixos, outros são temporários em alguns lugares, eles mudam, não é? Isso é bem legal. Mas aí ali na pêm eu fiz, mas o que? O padre de grupo, você é conhecido a região. Então eu comecei a conhecer minha região. E aí eu estava rodando na pêm, era cerca de duas da manhã no sábado do Prado Mingo. E aí eu encontrei um senhor do lado do terminal de ônibus da Pêmia, sentado num cochão com aquele cobertorzinho, lá que é o sapé Caniguinha, aquele cobertor ruim, e coberto que ele tremena de frio. E aí eu falei, olha, um ali. Parei o carro, ele tava sozinho de ninguém mais na calçada, levei o cobertor para ele, aí ele tava chorando. Aí eu falei que isso é o que está chorando. Ele falou, porque eu tô com fome, eu tô com frio. Aí eu peguei e falei, cobertou, eu tenho aqui, para o senhor, fome eu vou na padaria, e aí eu vou comprar alguma coisa para você comer. Aí ele falou, outra coisa, ele falou assim, eu perdi uma vista, eu tô com glaucoma, eu tô com catarata, não tô enxergando. Aí eu falei para ele, olha, a segunda-feira, eu venho, eu te levo no ofital, vamos lá ver o que que é com o 10. Levei no ofital uma, na segunda-feira, ele falou para mim, olha, cheio, sem chance, ele vai perder a vista, vai no maio enxergar. Aí se eu me sendar, dona cadeira, começou a chorar. Eu chamo meu médico, lá fora, falei para ele, olha, falei a pior coisa que tem, eu vou dentro da religião, ou qualquer outro lugar, é você tirar a experiência de um ser humano. Eu falei, volta lá, faz um exame nele, mesmo que ele enxerga tudo errado, e faz um óculos para ele, que às vezes o psicológico, a fé, faz curar, né? E o médico voltou, falou para ele, seu bem, tu, vamos lá, vamos fazer um exame que eu vou ter a lente aqui. Aí alterou a lente, supostamente, tá enxergando aqui essa letra, ah, esse é um e, ah, e essa, isso daqui é um e de ponta-cabeça, não era, não é, não é, é um e de ponta-cabeça, tá certo, tô, que cor que é essa daqui, era verde, ele é azul, aí tu tá bom, já, então vou passar, fez um óculos, eu paguei o óculos, fez um óculos para ele de grau, quando ele colocou o óculos, ele, nossa, tô enxergando muito melhor, foi grudado comigo aqui no braço até o carro, troupeçando em tudo quando até burar que guia, que tinha na calçada. Aí eu falei, ele seurinha, vai querer voltar para o terminal de ônibus, porque eu, eu, para mim, eu vou te acolher lá no centro-eslâmico. Aí olha, se o senhor me levar para a missão Belém, ir em Jundiaí, é um sítio lá, eu eles me tratam com o marcarinho, e a amore, tudo, eu queria ir para lá. Frentei, eu ser vai dormir, lá, hoje, eu não sei o que é o centro-eslâmico, a mãe é ter safeiro, olha aí, o senhor. Por acaso, ontem uma mulher, uma anja, né, chamado Paulo Array, uma amiga nossa, que sempre ajuda no trabalho, ela romou o médico para operar ele, e ontem eu passei o dia inteiro com ele, em vez de levar ele para Jundiaí, o dia inteiro com ele no médico, para fazer os exames, se ele tem exames de um médico, se ele tem galalcoma, na segunda de catarata, para ver se operar a catarata no altero galcoma, para se operar no opero. É resumindo. Perguntei para ele com relação à discriminação, ó…

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para o fobia, para que se ele sabia o que era ele não sabia. Aí eu expliquei, ele falou, eu sofri já. Ele falou, olha, primeiro que eu estou ali naquele muro do terminal, porque ele tem uma grade. Com a grade, eu, como eu não enxergo, eu vou me apoiando para ver se eu chega até o banheiro da do terminal de ônibus para poder usar o banheiro. Ele falou, eu estou ali. Segundo que sabe de domingo, ninguém passa dando comida ali no centro da penha. E aí eu fico sem comida, terceiro. Eu dinheiro que eu ganho, depende de dar para algum alguém aqui, algum outro marador de rua, que acaba me passando a perna, para comprar alguma coisa para mim comer. Ele falou, eu não quero voltar para lá, não. Então ele está dormindo lá no centro eslâmico. Ele está já pelo terceiro dia, ela está a segunda, terça, hoje quarta, ele está pelo terceiro dia, ela no centro eslâmico. Levei ele, cumpramos colher os que ele precisa, vai fazer os exames. E aí ele estava contando para mim que ele foi num restaurante na penha, com o dinheiro em que ele recebeu uma vez. Ele falou, não, enxergando, entrou num restaurante. E quando ele entrou e sentou numa cadeira para comer, o dono do restaurante falou, aqui não é lugar para mim, diga o comer. E aí colocou ele para fora. Ele falou, não, eu tenho dinheiro, eu recebi tudo. Aí ele falou, não, não, aqui não é lugar para mim, diga o comer. Isso na penha, que é um bairro de pobre, que se acha de classe média, mas é um bairro de pobre. E colocou ele para fora, e ele falou que se sentiu muito mal por isso daí. Então você vê que isso daí é presente no cotidiano deles. E ele está lá, ele acordou de manhã hoje e falou, olha, Deus que tinha abençoe, porque eu nunca… Faz tempo que eu não dormo com dignidade, sem medo de polícia metacá-la, marginal metacá-la, o frio metacá, tudo metacá-la, e aqui eu tô me sentido acolhido. E ele estava lá. É impressionante que quando as pessoas em situação de rua dormem uma primeira vez no colchão, eles perdem o horário. A gente pode ver que quando eles conseguem dormir realmente, e não nesse espaço de acolhida, que tem muquilanas, percevejos e coisas, porque é tudo massificado. Então o nosso tempo, eu já estou achando que estamos chegando aí no ocaso do nosso encontro, mas eu penso muito que a gente tem que ter algumas pistas para humanizar a vida. Nenhum de nós vai fazer tudo, mas nenhum de nós pode dizer que não pode fazer nada. E acho que oferecer água para o catador que passa de carroça na tua rua, você pode oferecer. Pergunte para as pessoas o nome, saudá-las, ver uma pessoa com frio e levar um agasalho, perguntar o nome, oferecer uma bebida quente, pode ser insignificante para você. A luta histórica de mudança estrutural ela não vai acontecer de repente, ela é uma luta de muito tempo. Nós não chegamos ao que estamos vivendo hoje de repente, esse é um processo histórico. Talvez a nossa prepotência tem achado que nós já estávamos dominando todas as técnicas e o COVID-19 nos poes de juelhos. E nós estamos até hoje de juelhos, de antes de um vírus que nós não somos capazes de enxergar e que nós ficamos pedindo todas as forças para que ele não nos derrubi. Nós temos mais de 600 mil mortos no Brasil. O Brasil é um país que choro seus mortos. Nenhum de nós deixa de conhecer uma família que sofreu e chorou. Sem se despedir, sem se poder se despedir seus eintes queridos, sem poder ritualizar a morte das pessoas como em todas as crenças ou não crenças é feito. Então, nós temos um grande momento histórico de sermos mais um mildice, de sermos mais solidários e acho que nós temos pistas, não sejamos homofóbicos nem transfóbicos, não sejamos misógenos, não sejamos aporófobos, não sejamos xenófobos, não sejamos qualquer dessas coisas que destruem, nenhum de nós use da sua linguagem para destruir o outro, que nós aceitemos a diversidade e não queiramos destruir quem pensa diferente de nós. E a nossa luta não é matar, é viver, é sobreviver, é viver com dignidade, que a gente tenha justa medida de não querer demais e não permitir que ninguém tenha o insuficiente para sobreviver. Então, nós vivemos muitos dilemas, o sofrimento do povo no Recife, foram os pobres que morreram no Recife, como os foram os pobres que morreram hipotrópolis, como são os pobres que sofrem nas comunidades no Rio de Janeiro, que são exterminados, como são os pobres que morrem aqui em São Paulo, são os jovens negros, os que sofrem, as mulheres trans de rua, até eu fiz um post que deu muita polêmica no Instagram, quando na parada da visibilidade trans, uma pessoa tava caído na rua e eu não sou contra a parada trans e defendo muitas mulheres trans, principalmente as mulheres trans em situação de rua. Mas não basta isso para deixar a pessoa caída na rua, então não posso fazer como que a minha luta seja única. Eu lutar a favor, junto com a população de rua, é ser aliado das lutas indígenas, ser aliado dos quilombolas, ser aliado do Centera, ser aliado das lutas de emancipação e de respeito das mulheres, de ser aliado de todas as lutas. Cada luta tem sua especificidade, eu não posso confundir a luta do Centera, com a luta dos quilombolas e com a luta das nações indígenas, cada uma tem sua especificidade, nós vimos agora a morte do Dom e do Bruno, terrível, terrível que em Vergonho o Brasil e nunca mais o Brasil será o mesmo, depois disso. O que é a luta tem sua especificidade, mas todas as lutas são irmãs umas das outras. Eu luto pelo povo da rua, mas está muito indignado pela morte do indigenista e do jornalista. E como o padre Julio sempre me disse uma vez, eu queria que ele dita, mas muito em vitória, vinha uma doação, tudo era vitória, o padre Julio falou, está enganado. Nesse caminho que a gente escolheu, que você escolheu e escolheu, nós sempre vamos ser perdedores, exeriam-te em mente, porque a luta não para, eu os que repensando muito nisso, na verdade é algo que assim, muita gente fala que são anjos e tudo, mas a gente não somos anjos. A escolha de vida que nós tivemos é dedicar a nossa vida ao próximo. Mas eu posso te falar, eu vou te contrariar, o padre Julio pede pelo outro e hoje ele pode fortalecer. Você já está fortalecendo o outro e daqui a pouco você vai fortalecer outras instituições. Exato, sabe por quê? Quem doa, esbanja, derrama, mano. Ó, é tão mágico, que é assim, um para e vem o outro. Eu já cheguei a ter festa da páscoa, que o cara não vem entregar os ovos de páscoa. E assim, quando deu meia dia, veio um cara igualzinho, ele, como ele era igual, com caminhão de ovos de páscoa, eu falei, não, mano, isso é tiração, Deus está me tirando ou o Satanás está me tirando? Qualquer que eu estava me tirando. Não é possível que apareceu um cara, e dente com o cara, não era um cara que dou. Então, assim, tem uma magia nisso, um militar, uma coisa boa, que torna isso, enfim, dado de bom também. E esse trabalho, nosso, é uma opção de vida na verdade, né? Porque eu poderia fazer qualquer outra coisa na minha vida, o padre Julio também, você também, é uma opção de vida que nós temos em dedicar nossa vida, nosso tempo à vida do próximo, né? Eu acolhei pessoas estranhas dentro da minha casa, porque eu moro no fundo lá na mesquita, me gera uma responsabilidade de algum passar mal do que eles se alimentaram, da medicação que eles tomaram. E você que é responsabilizado por isso? Exatamente, que eu não sei o que eles tomaram no capso, o que eles comeram na rua, e dormiram na mesquita de repente passar mal. Por isso que acho que, Igor, a gente tem que ter muita consciência de que a nossa luta histórica era não começou conosco e não vai acabar em nós. O Zumbi foi assassinado, Matelutir King foi assassinado. Mado de calcutá. O Nelson Mandela foi assassinado, Chico Mendes foi assassinado, o mandório que foi assassinado, o Bruno foi executado, o Dom foi executado, Dom Pedro Casalda, a Liga, dizia, que nós somos soldados derrotados de uma luta invencível. O major analista um dia me perguntou qual é a tua perspectiva? Eu disse, a minha perspectiva é um fracasso. Porque se eu não fracasar é porque eu aderiria esse sistema. E eu não quero vencer dentro desse sistema. Mas quando eu te vejo sendo hostilizado, eu falo rapaz esse caratado lado certa a história, que é o estado utilizando. Porque aí você vê no contexto, esse contexto nos hostilizam. Então, acho que a gente não tem que ter pretensão de vencer. Nós tenho que ter a minha vitória, como o Darcer Ribeiro. Eu tentei alfabetizar, não consegui, fui derrotado. Eu tentei defender os indígenas, fui derrotado. Eu tentei que o Brasil foi derrotado. As minhas derrotas são as minhas vitórias. Detestaria estar do lado dos que venceram. Então, a história, muitas vezes, se faz a partir dos derrotados.

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Eu acho que é um bom ajudado próximo. Sabe assim? Eu acho que… Se você falar do justamente disso, da derrota, e tal, mas como é bom? Como é um sentimento único? E na gratuita, né? E na gratuita, nada é tão prazeroso como ajudar o próximo. E não é nenhum bordão de falar, sem a minha nada. Mas é porque é verdade. Eu nunca me completei tanto quando eu vejo outro um pouquinho melhor porque passou por mim assim, sabe? E aí eu me melhor o tanto que eu falo rapaz que eu não ganho na pétula que eu ganhei de satisfação. Você sabe que tem uma coisa que aconteceu na minha vida, com lidando com os jovens, chamados de infratores, ou de conflito com a lei, quando na verdade a lei que está em conflito com eles, esse jovem foi preso pela primeira vez. E eu fui… Era um dia chuvoso, eu fui na delegacia visitada. E aí eu pedi pra chamá-lo na grade, eu fiquei na grade, e ele chegou ao gemado com as mãos pra trás, na grade pra falar comigo. E ele chorou muito, porque ele não queria que eu visse preso, ele se sentiu decepcionado, mal, ruim de estar preso, e ele chorou muito falando comigo. E quando ele terminou, ele olhou pra mim e falou, Padre enxugas minhas lágrimas. Eu tirei o lenço, enxuguei o rosto dele, pra ele poder voltar lá no convívio dos presos sem tachorando. Mas esse pedido dele marcou muito a minha vida, enxugas minhas lágrimas. Então, acho que nós temos que ter a coragem de estar do lado dos que choram, de estar do lado dos que choram, estar do lado dos que estão sofrendo, estar do lado dos pequenos, e mesmo feridos não desistirmos de partilhar, de dividir, de acolher, de dar uma palavra de ánimo. Acho que essa é uma grande missão e a gratuidade. Nós vemos numa sociedade muito meritocrática, e a gratuidade desapareceu. Muita gente pergunta pra mim, quantos que você já tirou da rua? A vontade que eu tenha de perguntar, e quantos você pôs? Ou você se omitiu diante de quantos? Então, a questão não é tirar, a questão é resistir. A esperança que nós temos neste momento é de resistir a uma sacra a qual nós estamos sendo submetidos. E eu prefiro ir reafirmos, ou 73 anos, eu prefiro estar do lado dos que perdem, ter testaria estar do lado dos que ganham. É isso mesmo. Pô, muito obrigado por esse papo, por virar aqui e conversar comigo, de compartilhar a experiência de vocês de verdade. Eu gostaria que você falasse aos redes sociais, dos tuos, do seu projeto, e tal, inclusive lembrar que o PIX, para ajudar os projetos, estão aqui na descrição, tá bom se vocês quiserem ajudar a ficar a vontade? Eu sou o meu assinsocio, só mente os trabalhos. Não é o cheque Rodrigo, minha vida pessoal. São redes sociais de trabalho. Então, tá, ser por Rodrigo Jalou, que é uma sobrenome, Jota, é LL ou L, se acham tanto no Twitter, quanto no Instagram, quanto no FIC. Eu sempre falo, se cada seguidor, cada pessoa, ajudar com um real por mês, na verdade, um trabalho social, o pouco você faz muito, você consegue fazer muito na verdade, né? E a necessidade da ajuda, ela se torna maior, porque tem horas que, por exemplo, eu tenho dia, já tenho pressão alta, eu tenho visto que você ouveu de um caso, eu não consigo ajudar, eu perco sono. Eu não, porque faz parte da nossa vida, e a gente toma aquela preocupação de que ele cuidar, daquela pessoa, e toma causa dela, e tudo mais. Eu estou com um senhor lá, com quatro colírios, lá porque ele não enxerga, e cada vez que ele quer ir no banheiro, eu tenho que pegar ele no braço, ele vai ir no banheiro, esperar os albanheiro, voltar, tudo isso da trabalho, mas quando é feito com amor da certo, né? E as pessoas da marmita, e o pessoal que vem pegar a cesta básica, e outros pedeem cobertôica, e não é generalizar, é a tenhicada onde é correcassou necessidade, então aqueles que podem ajudar, ajudando o padre, e júlio também ajudando, porque na verdade é uma luz assim que, eu preciso, padre, tem cobertô, tem na filha, pega lá, padre, tem cesta básica, pega lá, sei, eu chegue alguma coisa para mim, eu tenho que eu feri ser, eu pego também, então assim é uma troca, né? Então quem pode ajudar de boncuração, quem quiser visitar o trabalho, mais do que ajudar, está convidado, tanto na paró, que é o trabalho do padre júlio, é aberto para todo mundo ver, só chegar e ver, e conviver como a gente vai também, conviver ainda mais do que ver, você vai ter mais certeza ainda do que, de que é uma ajuda necessária que vale a pena, né? E o senhor, padre? Então eu tenho o Instagram, padre júlio Lancelote, convido também, aqui entre na luta da contra a porofobia, e acompanho nosso observatório de aporofobia, nós temos um site também, www.aporofobia.com.br, que está alimentando com muito material, mas acho que uma coisa que todo mundo pode fazer, que não custa nada, não fale contra os pobres, não alimente preconceito contra os moradores de rua, e uma coisa que todo mundo pode fazer, leve um água ofereça, para uma pessoa que está na rua, leve uma bebida quente, ofereça isso, todo mundo pode fazer, tem um morador de rua na calçada, da tua casa, perto, seja humano, se aproxima, ódio para ele, fala o teu nome, isso todo mundo pode fazer, e pergunte para ele, quer tomar um café, quer uma bebida quente, quer um par de merias, isso todo mundo pode fazer, não custa nada para ninguém, seja humano. Tá. Muito obrigado, gente, muito obrigado pelo moral, a Pôa tem várias outras palavras que eu queria de conversar, mas a gente faz isso numa próxima oportunidade. Então é isso, vocês que assistiram aí obrigado pelo moral, como eu disse, está aqui na descrição aqui e para vocês, ajudar eles, projetos, tá bom, segue lá, na gente sociais, aí é tanto o Padre Vijúlio quanto O Cheque meu Rodrigo, e a gente se vê a manhã, a manhã a gente se vê aí, tá bom, então um beijo para vocês e até a próxima, tchau.

By Gabriel

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